Pesquisa estadual avalia videiras adaptadas à região de Veranópolis

Um estudo conduzido pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DDPA/SEAPDR), junto com a Embrapa Uva e Vinho, pretende avaliar clones comerciais de videiras das variedades Cabernet Franc, Merlot, Chardonnay e Riesling itálico que melhor se adaptem às diferentes condições de solo e clima da microrregião de Veranópolis. A primeira colheita de uvas da pesquisa foi realizada na semana passada.

Embora ainda não tenha Indicação Geográfica, a região de Veranópolis é um importante polo de produção de uvas viníferas na Serra Gaúcha. As variedades estudadas na pesquisa são as principais cultivares utilizadas para produção de espumantes, vinhos brancos e vinhos tintos neste município que, com 640 hectares de parreirais cultivados, produz 13 mil toneladas de uva por ano.

Com a avaliação genética, fenotípica e sanitária das plantas, os pesquisadores esperam conseguir selecionar os clones que apresentem características culturais de produção e qualidade superiores, gerando acréscimo na qualidade dos vinhos. “A seleção das plantas mais produtivas, com maiores teores de açúcar, com característica agronômica desejável, entre outros parâmetros, é muito utilizado em variedades de uvas para vinhos finos. A variação entre os clones de uma mesma variedade pode ser considerável, e isso pode ser explorado para melhorar o rendimento e a qualidade da videira”, explica a pesquisadora Cláudia Fogaça, do Centro de Pesquisa Carlos Gayer, em Veranópolis.

A pesquisa continua até 2020, e as próximas etapas de trabalho envolvem a avaliação da sanidade e fenologia dos clones, além de uma produção em pequena escala de vinhos a partir da colheita, num processo chamado microvinificação. Os resultados serão relatados em publicações e durante a realização de encontros técnicos.

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