Vantagem “Monumental” – River Plate-ARG 0x1 Grêmio (Copa Libertadores da América – Semifinal – ida)
O que falar destas semifinais de Copa Libertadores? A quanto tempo não temos confronto de gigantes como este ano? É raro termos 13 títulos em uma semifinal. Estes confrontos, Grêmio x River, Boca x Palmeiras, equivalem-se a grandes confrontos Europeus. Semifinais como esta, não há favoritos, tudo pode acontecer. Jogos dignos de fazer tremer a América, ocasionar um terremoto de vibrações, seja dos torcedores destas equipes ou dos “secadores” de plantão!
Grêmio e River Plate inclusive, se encontraram em jogo de Copa Libertadores após 16 anos. O último confronto foi em 2002, com vitória gremista na Argentina e no saudoso Olímpico Monumental. E cabe ressaltar que vencemos os dois jogos, sendo um de goleada, com direito a olé sobre os argentinos, base da seleção dos “Hermanos”. Ainda destacaria que o time de hoje é o melhor River dos últimos tempos, tendo inclusive 11 jogadores de Seleção dos mais variados países.
Considerando que o River jogava em casa, com time completo após a recuperação dos lesionados, se fosse colocar um favorito para o jogo desta terça (23), seria o clube argentino, porque além de jogar em casa e com o apoio do seu torcedor, contou com um Grêmio “baleado” por jogadores voltando de lesão (Ramiro, Michel e Cortez) e outros que não puderam entrar em campo, como os dois melhores jogadores desta Libertadores (Everton) e do ano passado (Luan).
Com as ausências destes jogadores, o Grêmio acostumado ao toque de bola, obrigou-se a mudar a forma de jogar, priorizando o meio de campo, a marcação, haja vista a qualidade do time do River. O primeiro tempo mostrou o que todos esperavam, jogo de poucas oportunidades, duelo truncado, com muitas faltas por parte do time argentino, e alguns perigos de gol nos contra-ataques, de ambas equipes.
A etapa final, como era de se esperar, começou com uma mini-pressão do River, que tinha uma posse de bola maior, mas não era uma pressão avassaladora, como seu técnico falou que faria no time gremista. Ele até poderia exercer uma pressão avassaladora, mas contra outra equipe, não contra o Imortal. Quem é acostumado a fazer pressão avassaladora nos adversários é o Grêmio!
E a pressão avassaladora quem sofreu mesmo foi o River. Sim, estou me referindo ao time argentino que levou o gol, pois a pressão quem sentiu do atual dono da América foram eles, num golaço de cabeça do jogador que merecia e muito este gol, pelo longo período que ficou de fora por lesão e na hora certa mostrou sua qualidade que conhecemos: Michel!
Mesmo jogando com vantagem o próximo jogo, pressão mesmo quem vai sofrer na semana que vem serão os argentinos, que vão sentir o bafo na nuca aqui na nossa Arena. Será um jogo difícil? Certamente. Mas com o apoio de toda nossa massa tricolor, mostraremos que vamos estar na 6ª final de Copa Libertadores, e continuando firmes em busca do Tetra da América, algo inédito para o futebol brasileiro.
Com mais esta vitória contra mais uma equipe argentina, estamos bem perto de conquistar também o campeonato argentino!
E assim como a maioria dos gremistas projetavam nos últimos dias e diziam; “temos que sair vivos da Argentina”, hoje devemos dizer que estamos mais vivos do que nunca em busca da glória eterna!
NOTAS:
Marcelo Grohe – Nos poucos momentos que foi exigido, mostrou sua qualidade – 8,0
Leonardo Gomes – Segundo jogo de Libertadores, segundo jogo na Argentina, mostrando que não tem medo de pressão – 8,0
Geromel – Soberano por cima e por baixo. Qualidade fora do comum – 9,0
Kannemann – Não fosse o cartão amarelo, teria uma atuação perfeita – 8,0
Cortez – Excelente na marcação – 7,0
Michel – Dono do meio-campo, além da qualidade de centroavante na finalização de cabeça – 9,5
Maicon – Segurança e toque de bola – 7,5
Cícero – Imposição – 7,0
Ramiro – Mesmo sem ritmo devido ao retorno de lesão, não comprometeu – 7,0
Alisson – Substitui bem Everton, além de ser o garçom do jogo – 8,0
Jael – Brigador, marcador – 7,0
Thonny Anderson – Entrou na vaga de Jael e quase nem tocou na bola – 5,0
Thaciano – Nem conseguiu suar em campo, entrou para passar o tempo – sem nota
Renato Portaluppi – Perfeito nas escolhas, devido as ausências dos seus principais jogadores. Foi inteligente – 9,5