Chuva escura pode atingir o Rio Grande do Sul nas próximas horas
Fenômeno de fuligem e fumaça pode trazer impactos ambientais visíveis
A chegada de uma frente fria ao Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (4) pode resultar em um fenômeno incomum: a chamada chuva preta. O fenômeno ocorre quando a fuligem das queimadas se mistura à chuva, criando uma precipitação escura e potencialmente prejudicial ao meio ambiente e à saúde. As partículas de fuligem estão em suspensão na atmosfera, trazidas por ventos das queimadas na Amazônia e na Bolívia.
Segundo a MetSul Meteorologia, a pluma de fumaça das queimadas já alterou a coloração do céu gaúcho na terça-feira (3), e a expectativa é de que, com o avanço da frente fria, haja precipitações ao longo do dia. A previsão é de chuva em todo o território do Estado, com maior intensidade nas regiões Oeste e Sul desde as primeiras horas da manhã, e chegando às demais áreas até o final da tarde.
Além de alterar a coloração do céu, a fumaça pode resultar em uma precipitação diferente do usual. A MetSul alerta para a possibilidade de piscinas, baldes e outras superfícies coletarem água com coloração escura ou preta devido à presença de fuligem. Esse fenômeno, ainda que raro, já foi observado em outras regiões em situações semelhantes, trazendo preocupação sobre os impactos ambientais.
A chamada chuva preta ocorre quando a fuligem suspensa no ar, composta por partículas de carbono e outros compostos não completamente queimados, se mistura à água da chuva. Essa precipitação contaminada pode causar degradação de superfícies, poluição de corpos d’água e aumento de custos com limpeza e manutenção. Além dos efeitos visíveis, a chuva preta é um reflexo preocupante dos níveis de poluição atmosférica.