Trabalhadores argentinos são resgatados de condições análogas à escravidão em Anta Gorda

Em uma operação conjunta realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro trabalhadores argentinos foram resgatados de condições análogas à escravidão em Anta Gorda. Os trabalhadores estavam envolvidos na extração, corte e carregamento de lenha de eucalipto, exercendo suas atividades sem qualquer regularização migratória ou contratos de trabalho formalizados.

Os migrantes, todos indocumentados, viviam em condições precárias tanto de moradia quanto de trabalho. Um dos trabalhadores estava alojado em um galpão de madeira improvisado e insalubre, enquanto os outros três residiam em uma casa desprovida de infraestrutura básica, como água encanada, vaso sanitário ou chuveiro. As condições deploráveis evidenciaram a gravidade da situação enfrentada por esses trabalhadores.

Após o resgate, os trabalhadores receberam as verbas rescisórias devidas, sendo que um deles foi pago no mesmo dia da operação, enquanto os outros três receberam nos dias subsequentes. Todos os trabalhadores já retornaram para suas cidades de origem na Argentina. A lenha que eles extraíam era comercializada para ervateiras e um laticínio da região, o que mostra a conexão das atividades com o mercado local.

A operação foi acompanhada pela Procuradora do Trabalho Franciele D’Ambros, coordenadora da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONAETE) no Rio Grande do Sul. O caso segue sob investigação pela Procuradoria do Trabalho de Santa Cruz do Sul, para assegurar que medidas adicionais sejam tomadas, prevenindo novas ocorrências de situações semelhantes.

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