‘A guria dormia na rua’, diz pai de menina encontrada morta dentro de lixeira em Guaíba; mãe foi presa

Uma tragédia em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, chocou a comunidade na última sexta-feira (9), quando o corpo de Kerollyn Souza Ferreira, uma menina de nove anos, foi encontrado dentro de um contêiner de lixo. O pai da criança, Matheus Ferreira, revelou que a filha supostamente dormia na rua e se alimentava de restos, informação que ele teria descoberto por vizinhos. A mãe de Kerollyn, principal suspeita, foi presa temporariamente, acusada de tortura e homicídio.

Kerollyn morava com a mãe em Guaíba, enquanto o pai vivia em Santa Catarina. Matheus afirmou ter oferecido diversas vezes para cuidar da filha, mas a mãe nunca aceitou. A Polícia Civil, que solicitou a prisão da suspeita, acredita que a mãe tenha submetido a filha a intensos maus-tratos, levando à morte da criança. Durante os 30 dias de prisão temporária, a investigação se aprofundará nas acusações de tortura e homicídio qualificado.

O Ministério Público apoiou a prisão temporária, destacando indícios da participação da mãe no crime, seja por ação direta ou por omissão. O promotor Fernando Sgarbossa mencionou um conflito contínuo entre mãe e filha, que teria se agravado nos últimos tempos. O Tribunal de Justiça, com base nos documentos e depoimentos, concluiu que a menina enfrentava negligência, agressões e extremo sofrimento físico e mental.

Relatos de vizinhos à polícia indicam que a mãe não demonstrou surpresa ao ser informada sobre a localização do corpo, o que levantou suspeitas adicionais. Além disso, a mãe teria admitido à polícia que deu um medicamento controlado à filha sem prescrição médica na noite anterior ao desaparecimento. A perícia, realizada na sexta-feira, não encontrou sinais visíveis de violência, mas exames adicionais estão sendo feitos para determinar a causa da morte.

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O caso gerou comoção e reforçou o debate sobre a proteção infantil, uma vez que o Conselho Tutelar de Guaíba já monitorava a situação de Kerollyn. O órgão confirmou que havia um expediente aberto sobre violação de direitos. A investigação continua, com depoimentos de testemunhas e análise de imagens de câmeras de segurança próximas ao local onde o corpo foi encontrado.

Com informações do Portal G1 RS.

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