Comércio caxiense dá indícios de recuperação e fecha primeiro semestre com alta de 1,70%

As vendas no varejo do município ainda sentiram os impactos das enchentes de maio, mas apresentaram leve crescimento de 1,84% em relação ao mês anterior. Na comparação com junho do ano passado, o incremento foi de 3,79%

Os percentuais de crescimento ainda são tímidos, mas indicam um início de recuperação do comércio de Caxias do SulO primeiro semestre fechou com leve alta de 1,70% nas vendas e com incremento de 3,79% em relação ao mês de junho do ano passado. Na comparação com maio, mês marcado pela maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, o aumento foi de 1,84%.

As informações foram divulgadasem coletiva de imprensa do Termômetro de Vendas da CDL Caxias, na manhã desta quinta-feira (8), na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) do município.

As consultas ao SPC para créditos dos consumidores obtiveram crescimento de 8,99%, enquanto as realizadas pelos lojistas ficaram estáveis em relação ao mês de maio (0,24%). O número de inadimplentes apresentou nova queda, de -4,83% na comparação com maio de 2024, e redução de -14,96% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, explica que a redução significativa da inadimplência nos meses de maio e junho ocorreu por conta da decisão do SPC Brasil de suspender temporariamente a negativação de dívidas para consumidores residentes no Rio Grande do Sul. A medida foi tomada em conjunto com os bureaus de crédito de todo o Brasil e a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC). A suspensão começou a valer em 16 de maio, para pessoas físicas e jurídicas, considerando registros incluídos e/ou exibidos a partir de 1º de maio. Entretanto, não foi prorrogada, e se encerrou em 30 de junho.

“O bloqueio no Sistema SPC, que impedia a negativação de dívidas de inadimplentes do Rio Grande do Sul, foi desativado em 1º de julho. A partir dessa data, os registros puderam ser incluídos normalmente, inclusive aqueles que estavam represados desde o início da suspensão”, esclarece Ness.

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Carlos Alberto Cervieri, gerente Administrativo Financeiro da CDL Caxias, cita o bom resultado nas vendas do Dia dos Namorados como um dos motivos para o crescimento registrado em junho. Segundo ele, o período sem chuva e o frio na semana que antecedeu a data influenciaram na alta de 4,2% nas vendas deste ano e no tíquete médio de R$ 259,72, conforme apontou amostragem da CDL Caxias junto aos lojistas. 

“O Dia dos Namorados contribuiu para a venda de itens de vestuário, além de outros produtos como flores, perfumes, vinho, utensílios domésticos e joias. As datas comemorativas sempre ajudam a impulsionar as vendas, e no caso do mês de junho, também ajudaram na recuperação em relação ao mês de maio, em que o varejo sentiu os impactos das enchentes. Para o segundo semestre, temos a expectativa de que o comércio se recupere com ainda mais força”, acredita Cervieri.       

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