Empresa de fertilizantes vai instalar três unidades no Rio Grande do Sul; unidades serão nos municípios de Tio Hugo, Passo Fundo e Vacaria
A empresa de energia renovável BeGreen Bioenergia e Fertilizantes vai instalar três plantas industriais no Rio Grande do Sul, em Passo Fundo, Tio Hugo e Vacaria. Em reunião com as secretarias de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), foram discutidos a elaboração de um memorando de entendimento com o governo estadual e o encaminhamento da licença ambiental para operação de unidades de produção de fertilizante verde.
A BeGreen fabrica amônia verde, produzida a partir de hidrogênio e nitrogênio verdes. O resultado final é um fertilizante nitrogenado cujo volume utilizado nas lavouras do RS é 100% importado. A empresa já atua em Passo Fundo, onde possui uma usina-escola no campus da Universidade de Passo Fundo.
As questões fundiária e de fornecimento de energia para a implantação das unidades de Tio Hugo e Passo Fundo já estão resolvidas, faltando apenas a emissão da licença prévia. A previsão é que as fábricas comecem a operar em 20 meses após a obtenção da licença. Em Vacaria, ainda há pendência em relação ao fornecimento de energia, aspecto muito importante, uma vez que 70% da matéria-prima utilizada no processo produtivo é energia.
A empresa tem planos de construir cinco pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que são usinas que usam a força e a velocidade da água para gerarem energia. Junto às PCHs, serão instaladas unidades de produção de amônia, que também dependem da licença ambiental prévia.
A estimativa é que sejam gerados 500 empregos diretos no período de construção e cerca de 90 vagas fixas para manutenção da fábrica. Para o titular da Sedec, Ernani Polo, o investimento é importante não só em razão dos empregos que irá gerar, mas também por estar em consonância com a agenda de sustentabilidade do Estado, que valoriza as energias renováveis. “A instalação no RS de empresas do setor verde contribuem não só com o desenvolvimento econômico e social, mas também vão ao encontro da perspectiva de crescimento sustentável”, pontuou.