Relatório técnico recomenda áreas que devem permanecer interditadas em Galópolis e Vila Cristina
O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, recebeu no final da manhã desta sexta-feira (24/05) o relatório técnico elaborado pela equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA) em parceria com o Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ). O documento, que é integrado pelas Cartas de Risco Residual e Fichas de Campo recomenda as áreas que devem permanecer interditadas em Galópolis e na Vila São Pedro, no distrito de Vila Cristina, após o excesso de chuva e os deslizamentos registrados nas últimas semanas.
São 33 residências em Galópolis e 14 em Vila Cristina que estão em área considerada de risco residual, ou seja, esses imóveis deverão permanecer interditados enquanto não forem adotadas medidas de contenção e estabilização. Tais ações, aponta o levantamento, devem ser avaliadas e elaboradas por equipes de engenharia. O objetivo, a partir de agora, aponta o prefeito, é orientar as próximas decisões dos poderes públicos municipal e estadual quanto a intervenções e interdições das edificações em risco.
As demais áreas evacuadas como medida de prevenção, complementa o titular da SEMMA, Daniel Caravantes, podem ser ocupadas pelos moradores. Também estão fora da área de risco residual o cemitério de Galópolis e a Escola Estadual Ismael Chaves Barcelos. Os lotes interditados em Galópolis ficam nas ruas Leonardo Pistorello, Antônio Chaves, José Casa e José Comerlatto, além do Mirante Véu da Noiva e parte do Km 160 da BR-116. Em Vila Cristina a Vila São Pedro também segue interditada.
Conforme definição técnica, explica o diretor de Gestão Ambiental da SEMMA, geólogo Caio Torques, a carta de risco remanescente aponta as cicatrizes dos movimentos de massa identificados em campo e por imagens de drones e satélite, bem como os polígonos das áreas avaliadas in loco como risco remanescente pelas equipes técnicas. O risco remanescente, por definição, se relaciona ao possível avanço do processo de instabilidade deflagrado na encosta, considerando que este avanço pode se dar verticalmente e lateralmente, podendo alcançar não só as edificações diretamente atingidas como também outras residências em razão da possibilidade de evolução do processo nos próximos episódios pluviais.
Além do prefeito, receberam cópias dos documentos os secretários de Segurança Pública e Proteção Social, Paulo Roberto Rosa da Silva, pasta a qual está vinculada a Defesa Civil; e da Habitação, Volmir Moschen. O assunto também será abordado no encontro diário do Gabinete de Crise no fim desta tarde, que reúne representantes do Poder Público, militares e demais entidades.