Capital monta hospital de campanha para atender pacientes mais afetados pelas enchentes
A montagem do primeiro hospital de campanha de Porto Alegre já foi iniciada na tarde desta segunda-feira, 13. A estrutura foi instalada junto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar, na Zona Norte, e deve dar fôlego às instituições hospitalares nos próximos dias. A iniciativa é uma parceria entre Secretaria Municipal de Saúde, Força Nacional do SUS e Grupo Hospitalar Conceição.
Cerca de dez profissionais – entre médicos, enfermeiros e técnicos – vão atuar para atendimento de demandas menos urgentes, sobretudo de pessoas resgatadas das enchentes, as chamadas fichas “verdes” e “azuis”. O serviço funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana, com capacidade de atender mais de 200 pessoas por dia. Os atendimentos ocorrem por livre demanda e não necessitam de agendamento.
Outras duas estruturas provisórias estão no radar da pasta municipal. Uma deve servir de apoio ao Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (Pacs), que opera regularmente acima dos 300%, com grande parte das demandas de pacientes não urgentes. Casos mais graves serão encaminhados para os hospitais da Capital.
A outra seria em parceria com a uma organização não governamental dos Estados Unidos – Samaritan’s Purse, que aterrissou no Brasil ainda no final de semana com um avião de carga trazendo toneladas de suprimentos ao Rio Grande do Sul, de higiene, cobertores e filtros de água. Participantes do grupo humanitário se reuniram ao longo desta segunda-feira com gestores da Secretaria Municipal de Saúde e conheceram as estruturas de algumas das principais instituições hospitalares da Capital. “Esperamos que essa parceria possa se concretizar para atendermos às demandas de média e alta complexidade mais urgentes de pessoas de vários cantos do Rio Grande que buscam atendimento na Capital”, disse o secretário municipal de saúde, Fernando Ritter.
O secretário informa que o impacto das recentes chuvas resultou em 15 unidades de saúde inundadas e outros serviços prejudicados, o que deve afetar importantes atividades à população. “Nossos serviços foram muito castigados e essas estruturas provisórias serão fundamentais para apoio aos atendimentos de saúde diante da calamidade causada pelas enchentes”, avalia.