Preço dos medicamentos deve subir até 4,5% a partir deste domingo
Os medicamentos poderão ficar até 4,5% mais caros. O percentual se refere ao teto do reajuste anual estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de medicamentos no País.
O teto do reajuste é o menor desde 2020. Ano passado, o limite máximo autorizado foi de 5,6%.
O reajuste está autorizado a partir deste domingo (31), mas o aumento dos preços não é automático. Mesmo assim, a tendência é que, a partir de segunda (1º), as remarcações ocorram ao longo do tempo, na magnitude máxima permitida.
Concorrência
O Sindusfarma, que representa a indústria farmacêutica, ressaltou que os reajustes não são automáticos porque “a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços”.
“Medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no País por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”, diz uma nota divulgada pela entidade.
Neste ano, o limite máximo de 4,5% é exatamente a variação acumulada em 12 meses do IPCA, o índice oficial de inflação, calculado pelo IBGE, mas está acima das expectativas. Analistas esperam que o IPCA suba 3,75% este ano.
Mesmo assim, os reajustes autorizados pela CMED têm ficado abaixo da inflação média ao consumidor, segundo o Sindusfarma. Nas contas da entidade, de 2014 a 2024, os reajustes autorizados pelo governo acumulam uma alta de 72,7%, abaixo da variação acumulada registrada pelo IPCA, de 77,5%, no mesmo período.
Informações O Sul.