Novo Hamburgo: após denúncia e recursos do MPRS, companheira de escrivão judicial assassinado há quase 17 anos vai a júri
Ocorre na próxima segunda-feira, dia 30 de outubro, o júri de um dos processos mais longos de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Após diversos recursos, quase 17 anos depois do assassinato do escrivão judicial Paulo Cesar Ruschel, a companheira dele será julgada pelo Tribunal do Júri.
A mulher foi denunciada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) ainda em 2006, mas houve vários recursos no Tribunal de Justiça (TJRS) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. A ré responde por homicídio duplamente qualificado: por motivo torpe, já que houve interesses financeiros no caso, e recurso que dificultou a defesa da vítima, assassinada com dois tiros na cabeça e um no tórax, enquanto dormia em casa no mês de outubro de 2006.
JÚRI
Os promotores de Justiça Robson Barreiro e Eugênio Paes Amorim irão atuar na acusação em plenário. O julgamento inicia às 9h da próxima segunda-feira no Fórum de Novo Hamburgo e será presidido pela juíza Anna Alice da Rosa Schuh. Além dos debates e do interrogatório da ré, serão ouvidas 10 testemunhas, cinco delas arroladas pelo MPRS e outras cinco pela defesa da acusada.
O promotor Robson Barreiro destaca que o júri deve se estender até a madrugada de terça-feira, dia 31 de outubro. Ele diz que a ré responde pelo caso em liberdade e enfatiza que o processo foi longo por vários recursos, já que a denúncia foi oferecida no mês de novembro do mesmo ano em que houve o homicídio, em 2006.