Brutal bolha de calor chega ao Brasil nesta semana e cidades devem registrar temperaturas de até 45°C

Uma brutal onda de calor se instala no interior da América do Sul, com temperaturas que se aproximam dos 47ºC, e será sentida no Brasil com possibilidade de marcas históricas no Centro-Oeste brasileiro, alerta a MetSul Meteorologia.

Ontem, na Argentina, de acordo com dados do Serviço Meteorológico Nacional (SMN), as máximas à tarde atingiram 45,0ºC em Las Lomitas; 44,5ºC em Rivadavia e Presidencia Roque Sáenz Peña; 43,8ºC em Resistencia; 43,2ºC em Corrientes; e 41,5ºC em Formosa.

No Paraguai, estação em Presidente Hayes marcou máxima de 46,1ºC. Estações da DHM, o serviço nacional de Meteorologia paraguaio, indicaram marcas ontem de 43,8ºC em Mariscal Estigarribia e 43,0ºC em General Bruguez, Pozo Colorado e Concepción. A máxima no Aeroporto Internacional de Assunção, em Luque, chegou aos 43,0ºC. Assunção teve, assim, a maior máxima oficial já observada, superando os 42,8ºC de 1º/10/2020.

O calor na Bolívia foi espantoso. Várias estações meteorológicas registraram máximas acima de 40ºC fora do Altiplano e em Villamontes a temperatura máxima oficial bateu em 46,5ºC. Marcas acima de 45ºC não são frequentes na América do Sul, mas registros oficiais perto de 47ºC são muito incomuns e indicam uma massa de ar quente fora do normal.

Calor extremo atingirá o Centro-Oeste

O bolsão de ar excepcionalmente quente entre o Norte da Argentina, o Paraguai e a Bolívia vai migrar para o Centro-Oeste do Brasil. Com isso, vários estados brasileiros vão ter máximas acima de 40ºC no decorrer dos próximos dias com pior do calor situado sobre o Centro-Oeste.

Os termômetros devem indicar mais de 40ºC em cidades do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Tocantins, interior da Bahia, Oeste do Triângulo Mineiro, Maranhão, Piauí e pontos isolados do Pará e do Sudoeste do estado do Amazonas.

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As máximas mais altas devem ser registradas no Mato Grosso, onde Cuiabá pode ter máximas de 43ºC a 45ºC na segunda metade desta semana. O recorde histórico de máxima na capital do Mato Grosso é de 44,0ºC em 30 de setembro de 2020.

O Mato Grosso do Sul também deve registrar calor extremo, com máximas de 40ºC a 42ºC. Campo Grande pode se aproximar do recorde de máxima, que é de 41,0ºC, em 5 de outubro de 2020.

A maior temperatura registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em 4 e 5 de novembro de 2020. Recordes mensais, e em algumas cidades até absolutos, podem cair neste evento de calor extremo.

Maior parte do Sudeste e do Sul escapa do calor extremo

Esta onda de calor será diferente da de setembro que trouxe máximas de até 45ºC no interior de São Paulo pelas estações do Ciiagro, ou ainda 43,5ºC na estação do Inmet em São Romão (MG) e a maior temperatura já registrada em Belo Horizonte em 110 anos de medições.

Fará calor no Sudeste, mas não com a intensidade de setembro na maioria das áreas. Máximas ao redor ou acima de 40ºC podem se dar no extremo Norte e Noroeste de São Paulo e no Oeste do Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas Gerais. A cidade de São Paulo, que passou de 36ºC em setembro, não terá calor extremo desta vez e, ao contrário, a segunda metade desta semana será amena.

O mesmo ocorre no Sul. Áreas do Norte e do Oeste do Paraná podem ter tardes com muito calor, mas, no geral, na Região Sul, não haverá calor. O que a massa de ar quente excepcional no interior do continente fará é garantir energia para a formação de novas áreas de instabilidade na região com chuva forte e tempestades.

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