Inadimplência aumenta no Brasil: contas de luz, água e gás em destaque

O Brasil enfrenta um novo desafio financeiro, com um aumento significativo na inadimplência em agosto, segundo o mais recente levantamento do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. De acordo com os dados, um total de 71,74 milhões de brasileiros estão com contas em atraso, um acréscimo de 320 mil pessoas em relação ao mês de julho. Isso representa um revés após dois meses consecutivos de queda na inadimplência.

O setor que historicamente lidera a inadimplência no país, bancos e cartões de crédito, apresentou uma diminuição de 0,24 pontos percentuais em relação a julho, totalizando 29,29% das pendências em agosto. Esse é o percentual mais baixo do ano para esse segmento.

No entanto, o destaque negativo vai para as contas básicas de água, luz e gás, que registraram um crescimento significativo de 0,53 pontos percentuais em comparação com o mês anterior. Essas contas representam agora 24,47% das dívidas, alcançando o maior valor da série histórica iniciada em janeiro de 2019.

Em termos demográficos, as mulheres compõem 50,4% dos inadimplentes, enquanto os homens representam 49,6%. Quanto às faixas etárias mais afetadas, aquelas com idades entre 41 a 60 anos (35%) e 26 a 40 anos (34,5%) lideram o ranking.

Apesar da preocupação com a inadimplência, a plataforma Serasa Limpa Nome tem registrado um aumento nas renegociações de dívidas. Em agosto, foram renegociados 3,36 milhões de débitos, resultando em descontos que somam R$ 9,77 bilhões. Julho e agosto combinados representam os dois meses com o maior volume de acordos fechados na história da Serasa, ultrapassando 7,1 milhões de negociações bem-sucedidas.

Além disso, um estudo da Serasa Experian revelou que, em julho de 2023, 28% dos produtores rurais do Brasil estavam inadimplentes. No entanto, essa taxa é significativamente menor em comparação com a população urbana, que tem uma taxa de inadimplência de quase 44%. A região Norte do país lidera a inadimplência entre trabalhadores rurais, com 40,1%, enquanto o Sul tem o menor nível, com apenas 15% dos agricultores com dívidas pendentes.

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Os dados por estados mostram que o Amapá apresenta o maior percentual de produtores rurais inadimplentes, com 53,4%, enquanto Santa Catarina tem o menor, com 13,3%. O head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, observou que a inadimplência no agronegócio continua sendo menor em comparação com a população urbana, refletindo a resiliência desse setor em tempos desafiadores.

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