Prefeito de Muçum descreve cenário de caos, diz que reconstrução será “do zero” e apela por ajuda

O prefeito de Muçum, Mateus Trojan, descreveu nesta quarta-feira, 6 de setembro, como “caótica” a situação na cidade, que ainda segue sem comunicação. Ele deixou o município para conseguir enviar uma declaração à imprensa e pedir ajuda: “A cidade se destruiu. Vamos ter que começar praticamente do zero a nossa estrutura. Vamos precisar de muito apoio de todos.”

Município de 4,6 mil habitantes do Vale do Taquari, Muçum ficou com 85% de seu território debaixo d’água segundo moradores. A cidade foi uma das mais afetadas pela chuvarada de segunda-feira, 4 de setembro, que elevou o rio Taquari ao nível de 21,79 metros, mais de três metros acima da cota de inundação, que é de 18 metros, de acordo com as medições do Serviço Geológico do Brasil (SAGE/CPRM).

Na tarde de terça-feira, o governador Eduardo Leite confirmou a localização de 15 corpos na cidade. Informações ainda preliminares da Defesa Civil indicam que todos estavam em residências. O trabalho de resgate segue ao longo desta quarta-feira, mas a dificuldade de comunicação ainda impede novas atualizações sobre mortos e desaparecidos.

O secretariado da cidade montou uma base de operações no município vizinho de Encantado, onde também foi montado uma Central de Monitoramento de Desaparecidos. O município de Muçum deve decretar calamidade pública.

Apelo à solidariedade

Em meio ao caos, o prefeito apelou para a solidariedade. “A situação é caótica. A situação é muito grave. O que a gente pede agora é muita colaboração. Que vocês possam ajudar com capital humano, com recursos humanos, que possam vir voluntariamente nos ajudar”, pediu.

A necessidade mais urgente, descreve Trojan, é de veículos de grande porte e material de limpeza. “Precisamos começar a lavar as ruas, a ajudar a lavar as residências, pra gente começar a reorganizar a cidade. Tudo isso é muito bem vindo”, descreveu.

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Todas as doações devem ser redirecionadas ao ginásio do bairro Jardim Cidade Alta, exceto móveis, que devem ser direcionados para a linha 28 de Setembro. “A gente pede a contribuição de todos, toda ajuda é bem-vinda.”

Com informações do Jornal Correio do Povo.

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