Preço do diesel deve subir em setembro por causa da reintrodução de impostos federais
O preço do diesel deve subir em setembro por causa da reintrodução de impostos federais. A previsão é que o litro do combustível fique R$ 0,10 mais caro a partir do dia 5.
A reversão da desoneração sobre o diesel, que vigorava até o final do ano, foi iniciada devido ao programa de incentivo ao carro zero, implementado em junho. Esse movimento impactou diretamente os impostos federais sobre os combustíveis, com previsão de aumentos também em outubro e janeiro de 2024.
A isenção dos impostos federais sobre os combustíveis havia sido estabelecida em 2022, durante a gestão de Jair Bolsonaro, em resposta à turbulência gerada pela situação entre Rússia e Ucrânia. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prorrogou a desoneração para gasolina, etanol e diesel, a última até o final de dezembro.
Entretanto, o aumento nos incentivos para carros zero-quilômetro, implementado em junho, forçou o governo federal a reverter parcialmente a desoneração sobre o diesel que deveria durar até o término do ano. Dos R$ 0,35 do PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), atualmente zerados, R$ 0,11 serão recolhidos novamente em setembro, após um período de noventena conforme estabelecido na Constituição. Com a continuação, a reoneração aumentará para R$ 0,14 em outubro.
O preço médio do diesel S-10, o mais vendido no país, apresentou o quarto aumento consecutivo nos postos brasileiros na última semana, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Após aumentos nas refinarias da Petrobras, o preço do diesel subiu 19% em duas semanas, chegando a R$ 6,05 por litro em média nacional. O diesel comum estava cotado a R$ 5,93 por litro na semana anterior.
As reintroduções de impostos sobre a gasolina e o etanol em março e junho tiveram um impacto na inflação. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou um aumento de 0,12% em julho. A gasolina, como um componente de peso significativo no índice, foi o principal responsável pelo aumento, com uma variação de 4,75% no mês. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) observou que a alta de julho refletiu a reoneração dos impostos, marcando o retorno da alíquota cheia de PIS e Cofins na gasolina e no etanol.
O aumento do preço do diesel é uma preocupação para o governo e para os consumidores. O combustível é essencial para a atividade econômica e para o transporte de pessoas e cargas. O aumento dos custos do diesel pode levar a uma redução da atividade econômica e a um aumento da inflação.