Cientistas estão preocupados com ‘silêncio’ de falha geológica que pode causar terremoto devastador

Um grupo de cientistas liderados pela geocientista Tina Dura, do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia, está atualmente monitorando com crescente preocupação uma vasta falha geológica localizada na zona de subducção de Cascadia, ao largo da costa oeste dos Estados Unidos, que recentemente começou a emitir um líquido estranho nas profundezas do oceano Pacífico.

A zona de subducção de Cascadia, uma gigantesca falha geológica que se estende desde a Califórnia até o Canadá, tem atraído a atenção da comunidade científica devido às suas características singulares. O principal motivo de apreensão é a ausência de atividade sísmica significativa na região ao longo dos anos, levando a geocientista Tina Dura a descrevê-la como “muito silenciosa”. Embora a falha tenha causado um grande terremoto em 1700, o último registro de um evento desse tipo, a região permaneceu relativamente tranquila desde então.

No entanto, a história sísmica anterior e a localização da zona de subducção de Cascadia acendem o alerta para a possibilidade de um evento de terremoto devastador no futuro. Pesquisadores temem não apenas os abalos sísmicos em si, mas também os tsunâmis catastróficos que podem ser gerados, comparáveis aos ocorridos na Indonésia em 2004 e no Japão em 2011. Acredita-se que o terremoto ocorrido em 1700 tenha atingido uma magnitude de 9 graus na escala Richter.

Para obter uma compreensão mais profunda da atividade geológica nessa zona e prever possíveis eventos futuros, a equipe de cientistas está utilizando instrumentos especializados que coletam amostras geológicas da área. Essas amostras, juntamente com registros sedimentares de pântanos costeiros, fornecem um arquivo valioso que remonta a 6.000 a 7.000 anos de história de terremotos na região, tornando a zona de subducção de Cascadia “o maior arquivo de terremotos do mundo”, conforme destacou a cientista Tina Dura.

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As zonas de subducção, como a de Cascadia, representam um tipo particularmente perigoso de falha geológica, capaz de gerar os terremotos mais devastadores do planeta. Nessas regiões, uma placa tectônica mergulha sob outra, criando uma área de encontro entre duas placas. A pressão exercida por essa interação, juntamente com a atividade das cadeias de montanhas oceânicas, frequentemente resulta em terremotos de magnitude significativa. Zonas de subducção são mais comuns no Anel de Fogo do Pacífico e no Mediterrâneo.

A história nos recorda do terrível terremoto de Valdívia, no Chile, em 1960, que atingiu 9,4 graus na escala Richter. Esse evento catastrófico, resultado de uma zona de subducção, permanece como o maior terremoto já cientificamente registrado.

Diante da crescente preocupação com a zona de subducção de Cascadia, os cientistas continuam a monitorar e aprofundar seus estudos para entender melhor as implicações dessas recentes emissões de líquido misterioso e os potenciais riscos que elas podem sinalizar para o futuro sísmico da região do oceano Pacífico.

Com informações do Portal R7.

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