Inverno será menos rigoroso e com muito mais chuva no RS
O inverno deste ano – cujo início é na quarta-feira (21/6), mais precisamente às 11h58 – deverá apresentar temperaturas mais elevadas em relação à média histórica no Rio Grande do Sul.
Porém, essa condição não impedirá o ingresso de massas de ar frio de origem polar, com períodos mais frios e que ocasionalmente provocarão fenômenos típicos da estação, como geadas e nevoeiros.
Além disso, a efetivação do fenômeno El Niño favorecerá a ocorrência de precipitações regulares no Estado.
“As projeções climáticas indicam maior frequência e distribuição regular da chuva, o que representa volumes superiores à média em todo Estado”, avalia Flávio Varone, meteorologista e coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
Segundo ele, essa condição mantém elevada a possibilidade de eventos severos, associados a queda de granizo, fortes rajadas de vento e altos volumes acumulados – o que poderá acarretar episódios de cheias e enchentes, bem como destelhamentos e deslizamentos em áreas de encosta.
Para a agricultura, a ocorrência do El Niño, com chuvas abundantes nos próximos meses, poderá prejudicar o desenvolvimento da safra de inverno, especialmente no fim do ciclo e durante a colheita. Além disso, possivelmente atrasará o início da safra de verão.
El Niño deve trazer chuvas abundantes para o RS
O inverno de 2023 deverá ter precipitações elevadas e ser menos rigoroso em relação às temperaturas em todo Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim do Clima elaborado pelo Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) para os meses de junho, julho e agosto deste ano.
“Nos próximos meses, a efetivação do evento El Niño favorecerá a ocorrência de precipitação regulares, com altos volumes acumulados ao longo do segundo semestre”, avalia o coordenador do Simagro, meteorologista Flávio Varone.
O boletim também mostra que as temperaturas máximas deverão ficar próximas ou ligeiramente acima da média no mês de junho e inferiores à normalidade nos meses de julho e agosto. Já as temperaturas mínimas deverão apresentar valores superiores ao padrão climatológico nos meses de junho e julho, e inferiores à média na maioria das regiões no decorrer do mês de agosto.
Sobre o El Niño
O último evento intenso, similar ao projetado atualmente, ocorreu entre os anos de 2015 e 2016, e causou danos e prejuízos, com cheias e inundações. O trimestre setembro-outubro-novembro de 2015 foi classificado como extremamente úmido em diversas regiões e o período de dezembro-janeiro-fevereiro de 2016 apresentou normalidade na maioria das áreas e umidade extrema no Noroeste do estado.
De acordo com Varone, cabe salientar que a ocorrência desse El Niño, com chuvas abundantes nos próximos meses, poderá prejudicar o desenvolvimento da safra de inverno, especialmente no fim do ciclo e durante a colheita, além de possivelmente atrasar o início da safra de verão.
Veja como ficam as temperaturas e as chuvas neste trimestre
Chuva
Junho: Chuva acima da média na maioria dos municípios, com valores próximos da normalidade nos setores Norte e Nordeste.
Julho: Previsão de chuva acima da normalidade em todas as regiões.
Agosto: Chuva acima da média em todo Estado.
Temperatura Máxima
Junho: Próximo da média na Metade Leste e valores acima do normal nas demais regiões.
Julho: Valores abaixo da média na maioria das regiões e próximos da normalidade nos setores Sul e Leste.
Agosto: Valores abaixo da média na maioria das regiões e próximos da normalidade na faixa Leste.
Temperatura Mínima
Junho: Acima da média normal em todas as regiões.
Julho: Valores próximos da normalidade no Oeste e Norte e acima da média histórica nas demais regiões
Agosto: Abaixo da média histórica nos setores Oeste e Norte, com valores próximos ou ligeiramente acima da normalidade no restante do Estado.