O que explica a nuvem bizarra que viralizou na internet?

Foi justamente o relevo local que determinou a formação da nuvem de aspecto estranho. Trata-se de uma nuvem do tipo lenticular.

Nuvens lenticulares são geralmente encontradas pairando sobre ou flutuando perto ou sobre topos e cumes de montanhas.

Elas são formadas quando essa camada da atmosfera está à beira da saturação.

À medida que o ar flui sobre os topos das montanhas, a elevação suave fornece resfriamento suficiente para que o ar atinja a saturação e forme uma nuvem.

À medida que o ar desce novamente, torna-se mais quente e seco, deixando a saturação e tornando-se novamente invisível.

Esses tipos de nuvens podem ser um sinal de precipitação no dia seguinte ou à medida que a atmosfera se umedece antes da tempestade que se aproxima.

Neste caso, uma fraca frente fria estava se aproximando do Oeste da Turquia na quinta-feira, passando pela área na sexta-feira.

Vento e relevo estão por trás das nuvens lenticulares. Por isso, este tipo de nuvem é comum de se observar em regiões de cadeias montanhosas ou cordilheiras como os Andes, Rochosas, Himalaia, etc.

As nuvens lenticulares não se movem. Elas se formam e se transformam continuamente num mesmo ponto à medida que o ar ascende na atmosfera sobre morro ou montanha, condensando-se e produzindo a nuvem.

Estão assim, associadas, a ondas na atmosfera que se desenvolvem quando o ar relativamente estável ascende rapidamente ao encontrar uma barreira topográfica perpendicular à direção do vento soprando em altos níveis da atmosfera.

As nuvens lenticulares são mais comuns no inverno porque o vento em níveis mais altos da atmosfera geralmente é mais forte. Na história da ufologia, muitas vezes foram confundidas com discos voadores pelo seu aspecto semelhante, tanto que são conhecidas também como nuvens UFO (OVNI em Inglês).

Leia também:  Kim Kardashian impressiona com robô da Tesla: Veja as Curiosidades

As nuvens lenticulares se formam normalmente entre 6 mil e 12 mil metros de altitude, como dito, com a presença de vento mais forte. Quando aeronaves encontram uma onda de montanha, em regra há turbulência forte a até severa.

Quem já viajou para o Chile, por exemplo, deve lembrar dos pilotos invariavelmente alertando para o risco de turbulência momentos antes de se cruzar a Cordilheira dos Andes. A Antártida também tem nuvens lenticulares. Uma das formas de se constatar a presença de ondas de montanha é justamente a presença de nuvens lenticulares.

Quando o ar está muito seco, entretanto, e as nuvens não se formam, os pilotos não têm a advertência visual sobre o risco de turbulência na presença das ondas. Aqui na América do Sul, o local onde as nuvens lenticulares são mais comuns é na região da Cordilheira dos Andes, onde as montanhas atingem até mais de seis mil metros de altitude.

Fonte: MetSul

Receba as notícias da Studio via WhatsApp

Receba as notícias da Studio via Telegram

A Rádio Studio não se responsabiliza pelo uso indevido dos comentários para quaisquer que sejam os fins, feito por qualquer usuário, sendo de inteira responsabilidade desse as eventuais lesões a direito próprio ou de terceiros, causadas ou não por este uso inadequado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo