Polícia Civil investiga casos de intolerância política em três escolas de Porto Alegre

A Polícia Civil vai investigar casos de intolerância política contra alunos eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocorridos em três escolas de Porto Alegre. Os procedimentos de apuração de ato infracional foram instaurados nesta semana pela 1ª, 2ª e 3ª delegacias de Proteção à Criança e Adolescente. Nesta quinta-feira (10), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), que também apura os casos, informou que irá ouvir os estudantes envolvidos.

Além das situações no Colégio Israelita Brasileiro e no Colégio Farroupilha, ambos da rede privada de ensino, que tiveram grande repercussão nas redes sociais, um terceiro fato em que a vítima é estudante do Colégio Estadual Odila Gay da Fonseca, na zona sul da Capital, chegou à polícia na quarta-feira (9).

De acordo com a delegada Eliana Lopes, diretora da Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca), o presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra (Codene) registrou um boletim de ocorrência devido a um vídeo no qual um estudante teria dito frases racistas e anti-petistas: “Além de ser feio, preto, burro, ainda estuda no Odila e ainda é petista”. 

O diretor da escola estadual foi contatado por GZH, mas informou não ter conhecimento de caso de intolerância política na instituição de ensino. Eliana Lopes afirma que o diretor da escola ainda não tem conhecimento sobre o fato e não foi intimado. A expectativa é que esse contato seja feito na sexta-feira (11). Está em apuração se o jovem que disse a frase também é estudante da mesma instituição. Na próxima semana, a Polícia Civil ouvirá todos os envolvidos.  

Em nota, a Polícia Civil informou que, com relação ao Farroupilha e ao Odila Gay da Fonseca, que tiveram vítimas identificadas, houve a instauração de procedimento para apuração de ato infracional análogo ao delito de injúria qualificada. Já em relação ao Colégio Israelita, o procedimento criminal foi aberto pela autoridade policial responsável pela condução das investigações, já que não houve nenhum registro de boletim de ocorrência. Além disso, não havendo vítima identificada e sim a coletividade, o ato infracional apurado trata-se de racismo/preconceito, na forma qualificada, em função da circulação do conteúdo ofensivo. 

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O texto da Polícia Civil acrescentou ainda que, em todos os procedimentos, os adolescentes foram devidamente identificados e que as provas, como mensagens de WhatsApp, vídeos que circularam pelas redes sociais e outros elementos, já estão nos autos.  

Fonte: GZH

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