Vídeo | Cinegrafista grava na costa gaúcha luzes misteriosas vistas por pilotos de aviões
Pilotos de aviões comerciais na aproximação de Porto Alegre relataram na noite da terça-feira pelo quinto dia seguido o avistamento de luzes de origem desconhecida no céu do Rio Grande do Sul. Conforme a fonia do Aeroporto Salgado Filho, o controle de tráfego aéreo solicita aos comandantes das aeronaves que registre em vídeo as luzes, mas um dos pilotos informa que o celular é incapaz de captar as imagens. Operador solicitou ainda a um dos pilotos que comunique a observação à defesa aérea da FAB, o que foi recebido pelo comandante inicialmente com espanto.
Não foi o caso do Litoral Norte do Rio Grande do Sul. No mesmo instante em que os pilotos das empresas aéreas comunicavam a observação das luzes, o fotógrafo e cinegrafista especializado em astrofotografia Gabriel Zaparolli conseguiu registrar da beira da praia, em Torres, as luzes sobre o mar na direção Sul e Sudoeste. Em alguns momentos, dois ou mais pontos de luz aparecem repetidamente no céu com comportamento errático e incomum que não é o de aeronaves.
Especialistas dizem que as luzes vistas podem ser resultado de um fenômeno físico chamado de reflexão difusa, quando luzes geradas por holofotes ou fontes luminosas podem ser direcionadas para as nuvens e refletir para diversos pontos, mas as imagens gravadas a partir da beira da praia em Torres mostram que as luzes estavam sobre o mar e a distantes da praia. As imagens não sugerem que as luzes estejam associadas a um fenômeno atmosférico porque não havia descargas elétricas, embora a presença de nuvens, e as mesmas luzes foram vistas sob céu claro – ausência de nuvens – no final da semana passada e no começo desta semana em Porto Alegre.
Na noite de segunda, as cabines de comando do voo 4248, da companhia aérea Azul, que fazia o trajeto Rio de Janeiro para Porto Alegre, e do voo 2007, da Gol, de Florianópolis para Porto Alegre, descreveram aos operadores do controle de tráfego aéreo do Aeroporto Internacional Salgado Filho que viram luzes não identificadas a olho nu, no céu do Rio Grande do Sul na noite de segunda-feira. O avistamento se deu enquanto a aeronave chegava a Porto Alegre. “São entre quatro e seis luzes, em um movimento de órbita. Nós estamos avistando desde o horizonte”, enfatizou o comandante. Vinte minutos depois, às 23h50min, situação similar foi reportada ao controle de tráfego aéreo do aeroporto gaúcho pelo comandante do voo da Gol no momento em que a aeronave sobrevoava Torres. “Quero reportar aos nossos colegas que à nossa esquerda, através da cidade de Torres, sobre o mar, há três luzes não identificadas com movimentação”, assinalou.
O primeiro relato foi apresentado na noite de sexta-feira pelo piloto do voo 4248 da Azul, que saiu do Rio de Janeiro rumo a Porto Alegre, que detalhou avistar objetos voadores não identificados (OVNIS) que se moviam rapidamente e luzes que mudam de cor com rapidez no céu em direção à Lagoa dos Patos. No dia seguinte, no sábado, o piloto do voo 3406, da Latam, que partiu de Guarulhos com destino a Porto Alegre, perguntou ao controle de tráfego aéreo, por volta das 23h, a respeito de algum objeto que estava irradiando luz em direção à aeronave. Após a resposta negativa, o piloto relatou o que estava vendo. “Têm umas luzes. Por vezes, elas apagam, acendem, às vezes são uma, às vezes são duas ou três”, detalhou.
Ainda no sábado, pilotos de outros três voos (4248, 3140 e 4407), das companhias aéreas Azul e Latam, também informaram sobre o avistamento de luzes. Em comum nos relatos, há a descrição de que as luzes acendiam, movimentavam e apagavam, mas que, mesmo assim, não representavam prejuízo ao tráfego aéreo. Na madrugada de domingo para segunda-feira, por volta das 00h16min, um piloto que estava chegando em Porto Alegre também notificou a central de comando o aparecimento de luzes. “Três ou quatro luzes fazendo evoluções e não dá para precisar nem a altitude, nem a distância”, disse.
A Força Aérea Brasileira (FAB) comunicou em nota aos meios de comunicação que nenhum objeto desconhecido foi captado pelos radares da defesa aérea do Sul do Brasil e que tudo ocorreu dentro da normalidade, sem a necessidade de registro de ocorrência aeronáutica no Rio Grande do Sul.
Fonte MetSul Meteorologia