Após a morte de bovino com raiva herbívora em Nova Roma do Sul, mais dois casos suspeitos são monitorados na região
Na última semana, foi confirmado um caso de raiva em bovino em Nova Roma do Sul, próximo ao Rio da Prata. O animal que tinha sintomas veio a óbito em cinco dias. O veterinário Ivan Wetzel da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Veranópolis explica que foi coletado material para análise, que é o cérebro bovino, e o resultado foi positivo para raiva herbívora.
No momento estão sendo monitorados dois casos suspeitos, um deles novamente em Nova Roma do Sul e o outro em Protásio Alves. Este vírus, depois de contraído a partir do morcego, não tem cura em bovinos. De acordo Wetzel, só sobrevivem os que estavam previamente vacinados.
“Ela (raiva) causa paralisia progressiva. O animal para de ingerir água e comida, fica deitado até ocorrer a morte. Do início dos sintomas, a morte ocorre entre quatro a sete dias. Ela é uma zoonose, tem o risco de transmitir para as pessoas, mas daí ela teria que passar pelo cão ou gato, o que é bem mais raro”, explica o profissional.
Prevenção
A partir deste cenário, Wetzel deixa uma orientação aos produtores para que adquiram a vacina contra a raiva, que pode ser encontrada em agropecuárias, para aplicar nos bovinos. Vale destacar que a prioridade é para as propriedades localizadas próximo ao Rio da Prata, Rio das Antas e onde houve mordedura de morcego nos últimos meses.
Por enquanto, o vírus ainda não foi visto em animais no território veranense, mas, segundo a equipe da inspetoria, bovinos localizados em Veranópolis, na divisa com Nova Roma do Sul, principalmente na comunidade de Nossa Senhora da Pompeia deveriam ser vacinados. Podem ser vacinados outros animais também, como por exemplo, equinos.
O trabalho da Inspetoria Veterinária está sendo monitorar os casos, orientar produtores e procurar o possível refúgio dos morcegos hematófagos, agentes transmissores da doença em bovinos. Segundo o veterinário, foi vistoriada a furna principal, que fica a cerca de dois quilômetros dos casos, e também túneis de trem na região. Entretanto, os locais estão vazios, sem a presença dos morcegos. Em Veranópolis, o último foco de raiva foi em 2010.