Viamão: MPRS denuncia homem que tentou matar família após estuprar avó e neta

O Ministério Público em Viamão denunciou nessa terça-feira, 19 de julho, um homem de 22 anos que tentou assassinar três pessoas da mesma família após estuprar avó e neta. O crime foi cometido em 3 de abril de 2022 no bairro Parque Índio Jari. O acusado está recolhido na Penitenciária Estadual de Canoas.

Conforme a promotora de Justiça Bárbara Pinto e Silva, o denunciado chegou à casa das vítimas por volta das 6h com uma arma de fogo, rendeu a avó, de 62 anos, e a estuprou. O neto dela, de 21 anos, que estava dormindo, aproximou-se do acusado durante o estupro e também foi rendido. Avó e neto foram amarrados, amordaçados e presos no banheiro.

Em seguida, o denunciado foi até o quarto da neta, de 16 anos, e também a estuprou. Por fim, amarrou, amordaçou e prendeu a menina no banheiro junto com o irmão e a avó, ateou fogo na casa e fugiu. A avó conseguiu se desvencilhar, desamarrou os netos e os três fugiram antes que o fogo atingisse o cômodo. Por isso, a promotora denunciou o indivíduo por dois estupros, sendo um deles contra pessoa maior de 14 anos e menor de 18 anos, e três tentativas de homicídio triplamente qualificado (com emprego de fogo, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime).

Para Bárbara, o crime de homicídio somente não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do agente, pois a avó conseguiu se libertar e desamarrar os netos a tempo. “Além disso, a tentativa de assassinato foi praticada com emprego de fogo, pois o denunciado ateou fogo no domicílio com a intenção de matar as vítimas. Foi perpetrado mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois o denunciado, previamente preparado, invadiu o domicílio, onde as três se encontravam dormindo de forma pacífica, sendo surpreendidas pelo indiciado, que as manteve amarradas e presas no banheiro em ação posterior aos crimes de estupro, ateando fogo no imóvel e fugindo do local, deixando-as para morrerem carbonizadas, dificultando suas chances de fuga. Por fim, esse crime foi cometido para assegurar a impunidade de outros, pois o denunciado havia estuprado duas das vítimas momentos antes”, explicou a promotora.

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