Testículo de homem infectado pode virar reservatório de coronavírus, diz estudo

Uma pesquisa divulgada por cientistas do Laboratório de Biologia Celular do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que o coronavírus (Sars-CoV-2) pode sobreviver por mais de 25 dias nos órgãos sexuais masculinos.

O estudo foi realizado com 11 pacientes de diferentes idades que morreram em função da covid-19. Nenhum deles havia sido vacinado contra a doença.

Os dados revelam que o vírus usa as células imunes como possível rota de entrada para infectar os testículos de pacientes com covid-19 severa, transformando-os em “santuário viral”, como definiram os especialistas.

“Conseguimos ainda mostrar que, o SARS-CoV-2 tem preferência pelas células que produzem os espermatozoides e promove inflamação dos tecidos, provocando hemorragia e fibroses como as que acontecem no pulmão”, relatou Guilherme Costa, biólogo, mestre e doutor em Ciências Biológicas

A capacidade do testículo funcionar como um reservatório de coronavírus ocorre porque o próprio órgão tende a evitar que células de defesa do organismo ataquem o que estás sendo produzido ali (sêmen).

“O testículo é um ambiente em que o vírus é pouco reconhecido pelo sistema imune”, explica. “Daí a preocupação com a possibilidade do sêmen contaminado em pacientes com COVID-19 e com a demora na eliminação viral do corpo”, salienta.

De acordo com a análise, a contaminação dos testículos dos pacientes resultou em modificações celulares nas glândulas sexuais, com destaque para a perda massiva de células que geram espermatozóide e a inibição das células que produzem a testosterona (hormônio masculino), que sofreram redução em até 30 vezes.

Os pesquisadores engrossaram o coro dos cientistas que defendem a vacinação contra covid-19, já que até o momento não há nenhum estudo que demonstre efeito negativo da vacina sobre os órgãos sexuais dos pacientes.

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Informações UFGM

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