Prefeitura de Caxias do Sul decretará estado de emergência no interior

A partir de relatos apresentados pelos subprefeitos, em reunião na tarde desta segunda-feira (03/01), a Prefeitura de Caxias do Sul publicará decreto de emergência especificamente para a área rural em função dos graves danos já causados pela estiagem. De acordo com as informações dos nove subprefeitos e do coordenador do 1º Distrito, a situação é crítica, principalmente, na dessedentação animal e produção agrícola.

Mas é crescente, a cada dia, as demandas por água para consumo humano, já que parte do interior não tem atendimento por redes de abastecimento do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). A maioria destes moradores tem como alternativa a água retirada de poços artesianos, mas que têm apresentado recuo sensível nas últimas semanas. Há casos em que a água existente já não oferece mais potabilidade para consumo.

Para amenizar a situação destas comunidades, o Samae intensificará a distribuição de água por meio de caminhões-pipa, medida historicamente já adotada. Um dos entraves para ampliar este serviço é que boa parte dos moradores do interior não tem caixa de água ou as tem em volumes muito pequenos. De acordo com o diretor-presidente Gilberto Meletti, o Samae fará todo o esforço que estiver ao seu alcance para auxiliar os moradores do interior. “Durante o feriado de Ano Novo já atendemos chamados de populações de Criúva”, destacou. Em 2021, o Samae construiu 35 novos quilômetros de redes de água no interior.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Rudimar Menegotto, salientou que muitas propriedades têm água, em açudes, para pouco mais de uma semana. “Temos uma situação muito difícil. No Rio Grande do Sul, 100 municípios já decretaram a emergência”, observou. Caso haja reconhecimento e homologação pelo governo do Estado e pela União, o decreto abre a possibilidade de o produtor prejudicado solicitar a prorrogação do pagamento de financiamentos e o Município adquirir insumos e produtos com dispensa de licitação para atender, especificamente, necessidades da região delimitada.

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Os subprefeitos deverão apresentar até quinta-feira (06/01) um levantamento dos prejuízos econômicos e, principalmente, os danos humanos para dar sustentação ao decreto. A Prefeitura também iniciará, por meio da Secretaria de Gestão e Finanças, tratativas junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional para a liberação de recursos a fundo perdido para aquisição de produtos, como tubos para redes de água, que melhorem as condições de infraestrutura das comunidades do interior.

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