Preço da gasolina fica estável após seis semanas seguidas de alta

O preço médio da gasolina nos postos do país ficou estável na semana passada, a R$ 6,752 o litro em média, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (22) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana anterior, o combustível havia registrado a sexta semana consecutiva de alta.

No ano, a alta do preço médio é de 49,48%. O valor máximo, de R$ 7,999, foi encontrado novamente em Bagé, no Rio Grande do Sul – na semana anterior, era de R$ 7,780 na cidade.

Na mesma direção da gasolina, o preço médio do litro do diesel ficou estável nos postos brasileiros, custando em média R$ 5,356. No ano, a alta acumulada é de 47,35%. O preço máximo foi de R$ 6,700 o litro novamente em Cruzeiro do Sul, no Acre.

Já o valor médio do litro do etanol subiu 0,37% na semana, para R$ 5,414 – acumulando alta de 70,25% no ano. O preço máximo foi de R$ 7,797 o litro também em Bagé, no Rio Grande do Sul.

O preço do botijão de gás (GLP) de 13kg, por sua vez, se manteve novamente dentro da estabilidade e fechou a semana em R$ 102,27 – chegando a R$ 140 em Sorriso (MT).

Motivos da alta

O principal ‘motor’ dos aumentos recentes é a desvalorização do real. Até essa segunda-feira (22), o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado – acumulava alta de 7,82% sobre o real este ano.

O que dá força para esse movimento de perda de valor da moeda brasileira são as várias incertezas dos investidores com relação ao rumo da política econômica do governo Jair Bolsonaro.

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Os postos de combustíveis de Porto Iguaçu, na Argentina, por exemplo, estão limitando a quantidade de abastecimento nas bombas para estrangeiros.

A medida foi adotada após muitos brasileiros começarem a cruzar a fronteira, pela Ponte Tancredo Neves, por Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

Segundo os consumidores, o abastecimento no país vizinho é atrativo porque a gasolina tem sido encontrada pela metade do preço praticado no Brasil.

Inflação em 1,25% em outubro

Puxado pela alta da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 1,25% em outubro, após ter registrado taxa de 1,16% em setembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Foi a maior variação para um mês de outubro desde 2002 (1,31%)”, destacou o IBGE.
Com o resultado, a inflação acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,25%). Trata-se do maior índice para um intervalo de 1 ano desde janeiro de 2016 (10,71%).

Gasolina sobe pelo 6º mês seguido

Todos os 9 grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em outubro, com destaque para os transportes (2,62%), principalmente, por conta dos combustíveis (3,21%).

A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual na inflação de outubro, respondendo por 0,19 ponto percentual da alta do IPCA no mês. Foi a sexta alta consecutiva nos preços do combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.

(Com informações do Portal O Sul)

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