Morte cerebral – Grêmio 1×2 Sport (Campeonato Brasileiro – 23ª Rodada)

Em uma noite histórica que marcou a volta da torcida ao estádio, o Grêmio foi derrotado por uma das piores equipes do campeonato.

Morte cerebral ou morte encefálica é a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o mesmo, é bloqueado e o cérebro morre. Uma pessoa com morte cerebral é considerada legalmente morta, e os aparelhos que mantêm a respiração e os batimentos cardíacos, serão desligados em pouco tempo. O Grêmio está exatamente assim.

A derrota para o Sport foi uma pancada forte na cabeça e que ocasionou um ferimento gravíssimo e praticamente irreversível.

O Grêmio entrou em campo com sua torcida ao lado, mesmo com as restrições e todos os protocolos que não permitem com que seja usufruído do espaço com total liberdade, a torcida se fez presente e cantou alto para apoiar o Tricolor, rumo a uma vitória que o tiraria do Z-4 pela primeira vez na competição.

Os primeiros minutos mostravam um time pilhado, porém, com excesso de vontade e, tudo que é excessivo, mais atrapalha do que ajuda. Logo, o time foi perdendo o ímpeto e o adversário gostando mais do jogo.

Após uma primeira etapa de placar fechado, vaias foram ouvidas e um segundo tempo ainda mais tenso veio pela frente. E com ele os gols em falhas defensivas que tornaram o ambiente terrível para as pretensões tricolores. Nem o belo gol de Douglas Costa – até que enfim desencantou – serviu para amenizar.

O Grêmio desabou no momento em que tinha tudo para engrenar. A derrota é um claro sinal de que o pior está por vir e eu quero estar completamente equivocado, mas o rebaixamento me parece iminente, mesmo olhando para a tabela e analisando as possibilidades de sair dessa situação tenebrosa.

Para mim, o Grêmio já está rebaixado moral e psicologicamente. Fazendo um paralelo com o corpo humano, é como uma espécie de colapso nas funções vitais controladas pelo cérebro que deixam de ser realizadas espontaneamente, logo, os aparelhos fazem as funções dos órgãos que continuam ativos por dias, semanas e até meses, vindo a ser declarada a morte do mesmo.

Eu quero estar errado e voltar a escrever aqui neste mesmo espaço que de forma heroica o clube se salvou do rebaixamento, porém, uma das fases do luto é a aceitação, e hoje, os gremistas mais racionais estão assim, compreenderam a nova realidade de conviver com isso.

COMO JOGARAM:

Gabriel Chapecó – Algumas intervenções e uma certa culpa no primeiro gol – 4,0

Vanderson – É um ótimo jogador, porém, me parece que se desequilibra emocionalmente muito fácil – 5,0

Ruan – Foi completamente engolido na maioria das disputas – 4,0

Rodrigues – Não tem a segurança necessário para ser titular – 4,0

Rafinha – Pouco contribuiu, saindo no intervalo – 3,0

Thiago Santos – Cometeu faltas em excesso e não se achou – 4,0

Villasanti – Muita transpiração, pouca inspiração – 5,0

Douglas Costa – Pareceu estar melhor fisicamente e marcou um golaço, porém, ainda perde bolas bobas, inclusive a que resultou no segundo gol – 6,0

Alisson – Muito discreto, saiu no intervalo – 3,0

Ferreira – Um bom início, porém, sentiu as vaias e sucumbiu – 5,0

Borja – Bastante participativo e quase deixou o dele – 6,0

Campáz – Entrou muito bem e quase marcou um golaço – 7,0

Guilherme Guedes – Tentou, mas foi pouco efetivo – 5,0

Diego Souza – Já entrou cansado – 1,0

Everton – Não sei nem como esse cara ainda farda – 1,0

Felipão – Não está conseguindo fazer a equipe jogar, precisa rever algumas teimosias – 5,0

KID SANGALI