Superlua e eclipse estão previstos para a madrugada desta quarta-feira
Três fenômenos protagonizados pela Lua vão enfeitar o céu nas primeiras horas desta quarta-feira. Um deles é a Superlua porque o nosso satélite estará no ponto mais próximo da Terra.
Foi o que destacou o professor titular do Departamento de Física da Universidade Federal de São Carlos, Adilson Jesus de Oliveira. “A Lua faz uma órbita que a gente chama de elipse. Em média, ela está a 384 mil quilômetros da Terra. Quando ela está no ponto mais próximo, que a gente chama de perigeu, ela fica a 357 mil quilômetros de distância. Quando esse ponto mais próximo da Terra coincide com a Lua cheia, a gente chama de Superlua.”
O doutor em Física Paulo Eduardo de Brito afirmou que essa proximidade afeta as marés. “Como na Lua cheia e na Lua nova o efeito das marés é mais intenso, quando está no perigeu, essa intensidade é maior ainda. Provavelmente para quem mora à beira mar, o efeito das marés é um pouco mais intenso.”
Além de estar quase 30 mil quilômetros mais próxima de nós, a Lua vai passar por um eclipse, que vai ser bem difícil de ver aqui do Brasil. Então, não fique triste se você não conseguir. Muita gente também não vai ver, como contou o físico Paulo Eduardo.
“Infelizmente a gente não vai poder ver aqui do Brasil. No momento em que ocorrer o eclipse, a Lua vai estar voltada para o oceano Pacífico, principalmente para a Austrália. Aqui, se a gente vir, vai ser bem o iniciozinho; não vai ser nem a Terra entrando na frente do Sol, mas uma penumbra.”
O eclipse só será totalmente visível na Oceania, em parte da Antártica e no Oceano Pacífico. Nessas regiões, o satélite natural ficará avermelhado. O professor Adilson Oliveira, explicou como ocorre esse fenômeno, conhecido como Lua de Sangue.
“Quando tem um alinhamento perfeito entre o Sol, a Terra e a Lua, é um eclipse lunar. A sombra da Terra é projetada em cima da Lua. Quando a luz do Sol passa pela atmosfera da Terra, ela dá uma cor avermelhada para a Lua. Daí o nome Lua de Sangue.”
O eclipse lunar será visível a olho nu, a partir das 5h40, no horário de Brasília e deve terminar pouco depois das 6h15 da manhã. Se quiser tentar ver, procure a Lua perto do horizonte oeste, onde fica o poente.
O próximo eclipse será o do Sol, no dia 10 de junho, e, no segundo semestre, teremos mais um do Sol e outro da Lua.
Agencia Brasil