Funcionamento dos serviços na próxima semana depende de regramentos divulgados por Leite nessa sexta-feira
Na próxima semana todo o RS deve ser classificado em bandeira preta, porém, o retorno da cogestão é cotado
O Rio Grande do Sul está pela terceira semana consecutiva em bandeira preta, situação que deve permanecer até início de abril. O contexto, que é determinado pelo governo estadual, busca barrar o avanço da pandemia, que se encontra no pior momento. Na tomada de decisões, o governador Eduardo Leite encontra-se entre a pressão do setor econômico, que está debilitado, e as reivindicações da saúde, que está em colapso. Com isso, após dias de medidas restritivas, o aceno da próxima semana é para que haja o retorno da cogestão, que proporciona flexibilização nas regiões em detrimento do decreto estadual.
O fato é uma reivindicação contundente de prefeitos e lideranças políticas, que poderão, segundo os prognósticos, retomar com parte da autonomia a partir da próxima semana. A “dose” de liberdade para a tomada de decisões, porém, ainda não está confirmada, o que faz com que o cenário dos próximos dias seja incerto.
Como forma de projeção, na sexta-feira, dia 19, haverá a classificação do mapa preliminar no modelo de distanciamento controlado. Todo o RS deverá, novamente, estar com a coloração preta. Com a volta da cogestão, contudo, medidas menos restritivas poderão ser adotadas. Caso não haja mudança nos regramentos da bandeira vermelha, a Serra Gaúcha poderá empregar seu modelo de cogestão já organizado, a partir da terça-feira, dia 23 (veja box abaixo com as determinações da cogestão atual). Caso os regramentos mudem, uma nova cogestão precisará ser feita e aprovada pelo Palácio do Piratini, fato que retarda a aplicação de medidas menos restritivas. O cenário que projeta-se como mais provável é o segundo.
– Havendo mudança (nos protocolos), a AMESNE se readéqua, sendo mantido, o modelo da AMESNE está pronto e entra em funcionamento a partir da terça-feira (dia 23) […] isso depende […] de como se comporta a pandemia, a contaminação, a ocupação de hospitais – pontua José Carlos Breda, presidente da Associação.
Assim, até o momento, não há definição do que deve ser seguido na próxima semana. Até segunda-feira, dia 22 de março, os protocolos de bandeira preta devem ser obedecidos. A respeito de terça-feira em diante, vai depender do anúncio de Leite nessa sexta-feira, dia 19. O decreto do “toque de recolher” às 20h, porém, segue até o dia 31 de março.
Veja os regramentos da cogestão atual
SERVIÇO | SITUAÇÃO |
Escolas (públicas, privadas e de todos os níveis) | Educação infantil, 1º e 2º ano possui ensino presencial permitido | Demais turmas apenas ensino à distância; – depende de decisão judicial |
Restaurantes | Após às 20h, sendo ou não de beira de estrada, só tele entrega | 25% de ocupação, sem auto atendimento; |
Salões de Beleza | 25% trabalhadores; |
Academias e demais serviços de educação física | 25% da lotação do PPCI; |
Comércios essenciais | Lotação (trabalhadores + clientes): 1 pessoa, com máscara, para 6m² de área útil de circulação, respeitando limite do PPCI; |
Comércios não essenciais | Lotação (trabalhadores + clientes): 1 pessoa, com máscara, para 6m² de área útil de circulação, respeitando limite do PPCI; |
Cursos dos diversos tipos (música, dança, línguas estrangeiras) | 25% da lotação do local; |
Bancos, lotéricas | Atendimento restrito; |
Feiras | Fechadas; |
Eventos | Fechados; |
Competições esportivas | Fechadas; |
Transporte Coletivo Municipal | 50% capacidade total do veículo (ou normativa municipal) ; |
Correios | Apenas 50% dos trabalhadores e atendimento presencial restrito; |
Atividades religiosas | Suspensas; |
Indústrias | 75% dos trabalhadores, podendo funcionar após às 20h; |
Bares | Fechados; |
Postos de combustível e conveniências | 25% da capacidade com dois metros de distância |