Com prejuízo diário de R$ 3,2 milhões no comércio, CDL Caxias do Sul lança campanha pela reabertura dos estabelecimentos

aixas pretas, cartazes e adesivos com frases de protesto serão distribuídos aos associados da entidade, a partir desta sexta-feira (12). A mobilização busca chamar a atenção dos governos municipal e estadual para a flexibilização das atividades. Setores do comércio e dos serviços representam mais de 50% das vagas formais do município

Com o objetivo de chamar a atenção dos poderes públicos municipal e estadual, a CDL de Caxias do Sul acaba de lançar a campanha “Os estabelecimentos pedem socorro”. A entidade, que tem mais de 4,3 mil empresas caxienses associadas, quer sensibilizar os governos para a reabertura do comércio e dos serviços não essenciais no município, que estão com restrições mais severas desde o dia 20 de fevereiro devido à classificação da região em bandeira preta, e, a maioria deles, inviabilizados de funcionar desde o dia 27 do mesmo mês, por conta da suspensão do Modelo de Cogestão.

A ação busca evidenciar que os empreendimentos não são os vilões do colapso na saúde e que os negócios dependem da venda diária para sobreviver, sendo a única fonte de renda para o sustento de milhares de famílias. Em dezembro, de acordo com dados do Caged, cerca de 80 mil empregos formais dependiam dos setores do comércio e dos serviços em Caxias do Sul, representando mais de 50% de todas as 146.590 vagas existentes no município. Em 2020, 2,3 mil postos de trabalho foram extintos só neste dois segmentos.

Segundo estudo da CDL Caxias, nesta nova paralisação, só o comércio do município está deixando de arrecadar R$ 3,2 milhões por dia. A entidade estima ainda que, em 2020, R$ 412 milhões foram perdidos. Os levantamentos foram feitos a partir de cálculos baseados na arrecadação de ICMS, no desempenho econômico de 2020 apurado pelo Termômetro de Vendas da CDL Caxias e em dados de emissão de documentos eletrônicos fiscais da Receita Estadual.

De acordo com o presidente da CDL Caxias do SulRenato S. Corso, a entidade reconhece a gravidade da situação na área da saúde e se solidariza fortemente com as famílias afetadas pela doença, mas entende que a vida e a economia precisam estar atreladas.

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“O comércio e os serviços caxienses já foram duramente impactados em 2020 por conta das limitações estabelecidas e este novo baque deve ser muito pior. Os estabelecimentos ainda estavam arcando com os prejuízos do ano anterior, trabalhando com caixas negativos ou praticamente zerados. A única modalidade permitida, atualmente, são as vendas online, teleentrega ou pegue-leve, mas que não têm grande representatividade dentro das empresas, já que o perfil do consumidor caxiense tem como característica a preferência por compras presenciais. Com esta paralisação das atividades, muitos estabelecimentos serão fechados e novas demissões deverão acontecer, infelizmente. O comércio e os serviços não são os vilões. Todo o comércio e serviços são essenciais! Muitas famílias dependem deles para sobreviverem”, argumenta o presidente.

Materiais serão distribuídos aos associados

A partir desta sexta-feira (12), a CDL Caxias distribuirá aos empreendimentos associados que estão impossibilitados de abrir faixas pretas (nas versões de 1 metro e 1,5 metro) com frases de protesto para que coloquem sobre as grades fechadas, além de cartazes e adesivos para carros. Entre as mensagens estampadas, frases como “Os estabelecimentos pedem socorro. A economia também está morrendo” e “As empresas precisam retomar as atividades. Os empresários têm visto seus negócios ruírem sem poder fazer nada”.

O presidente da CDL Caxias reforça que, desde o início da pandemia, a entidade tem incentivado as 4,3 mil empresas associadas a cumprirem as determinações e que os empreendimentos têm seguido as limitações no número de pessoas nos espaços, assim como os cuidados, como uso de máscara, álcool gel e ventilação. 

“Mesmo com o fechamento dos estabelecimentos, as ruas seguem movimentadas, centenas de casos são detectados e, tristemente, inúmeras vidas são perdidas. Não há mais fôlego para paralisações econômicas. Queremos voltar a trabalhar, mesmo que com restrições. Estamos fazendo a nossa parte, mas precisamos da ajuda e da empatia da população. Além disso, precisamos que haja maior fiscalização de atividades irregulares e aglomerações. Precisamos que mais pessoas sejam vacinadas para que, dentro do possível, a gente retome à normalidade com segurança”, reitera Renato S. Corso.

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