Agricultora de Jaquirana se destaca na apicultura

A agricultora Adriana de Bortoli da Silva é proprietária de uma agroindústria familiar de mel e extrato de própolis

As mulheres rurais trabalham de sol a sol para que os alimentos cheguem à mesa da população. No município de Jaquirana, na região dos Campos de Cima da Serra, a agricultora Adriana de Bortoli da Silva é proprietária de uma agroindústria familiar de mel e extrato de própolis, a Apicultura do Máximo, nome da localidade onde está situada. Além de lidar com as abelhas, ela também planta feijão, milho e hortaliças e produz um pouco de leite e queijo, contando com a assistência técnica e social da Emater/RS-Ascar.

A agricultora conta que começou o trabalho com apicultura em 2008, quando foi morar em Jaquirana. O marido, Luiz Alberto Pinto Júnior, já tinha tido abelhas anteriormente, pois o bisavô foi um dos pioneiros na apicultura em Cambará do Sul e foi com ele e em cursos que ela foi aprendendo. Apesar do abalo com a perda do marido em um acidente há cerca de dois anos, Adriana tomou a decisão de não abandonar o sonho de anos. “Nós recém tínhamos legalizado a agroindústria com Sistema de Inspeção Municipal (SIM)”, diz. Para isso, Adriana também contou com o apoio da mãe, Evanilda. “Ela é uma mulher guerreira, devo a ela minha força e coragem para continuar”, afirma.

Desde então a agricultora se encarrega de todo o trabalho, desde o manejo das colmeias, onde conta com a ajuda de outro apicultor, até o processamento do mel na agroindústria e a comercialização, que ocorre em mercados e pousadas locais, na feira do produtor rural e através de programas como o de Alimentação Escolar (PNAE) e o de Aquisição de Alimentos (PAA). A filha Juliana, de 12 anos, cuida da página no Instagram, faz pesquisas e fotos para alimentar a rede social. Adriana espera que ela siga os passos dos pais. “Nosso objetivo sempre foi a sucessão familiar na propriedade, por isso a Juliana sempre esteve presente, pois quando íamos fazer cursos nós levávamos ela junto para já ir pegando gosto pelas abelhas, mas nunca atrapalhando as atividades escolares dela”, relata a agricultora.

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No momento, Adriana é a única mulher a comandar uma agroindústria familiar no município, empreendimento que faz parte do Programa Estadual de Agroindústria Familiar do Governo do Estado. Ela afirma que gosta do que faz e de estar constantemente aprendendo, se aprimorando, tanto que já participou de vários cursos e atividades promovidas pela Emater/RS-Ascar e é bastante ativa, fazendo parte do Clube de Integração e Troca de Experiências (Cite) e da Associação dos Produtores de Queijo e Derivados do Leite de Jaquirana.

Para Adriana, as mulheres precisam estar integradas e ter uma participação ativa na propriedade e na comunidade. “A mulher do meio rural tem que assumir a propriedade junto com o marido, tem que conhecer o negócio e saber o que está acontecendo. Foi o que eu fiz”, frisa a agricultora.

“A Adriana é um exemplo de mulher guerreira, uma mulher participativa em todas as ações realizadas pela Emater, sempre buscando se qualificar para melhorar as atividades que desenvolve na propriedade rural. A Adriana é uma mulher forte que faz de tudo para permanecer no meio rural e manter com muito empenho e organização sua propriedade”, enfatiza a extensionista social da Emater/RS-Ascar, Elenise Trevisan.

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