MP prende duas pessoas ligadas a detento que coordenava rede de tráfico de dentro da Pasc e ameaçava vítima de roubo

O Ministério Público do Rio Grande do Sul desencadeou nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, operação para combater crimes de coação, falso testemunho, obstrução à Justiça e comércio ilegal de armas de fogo. Foram cumpridos, com apoio da Brigada Militar e da Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen), seis mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha, Viamão e na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Duas pessoas foram presas. Durante a ofensiva, foram apreendidos celulares, armas, munições, drogas, documentos e mais de R$ 40 mil reais em espécie.

O promotor de Justiça Criminal Luiz Eduardo Ribeiro de Menezes explicou que a Operação Cherokee teve início quando o Poder Judiciário identificou que uma vítima de roubo de veículo estava faltando injustificadamente às audiências para reconhecimento do autor do crime. O Ministério Público foi acionado e apurou que a mulher não comparecia por conta das ameaças que vinha sofrendo. “Mandavam mensagens para ela dizendo que sabiam o seu endereço, suas rotinas e seu local de trabalho. E que, se identificasse o autor do roubo, ela e seu filho seriam mortos”, detalhou o promotor.

No decorrer da investigação, o MP descobriu que o homem apontado como autor do roubo estava preso na Pasc e, de lá, comandava uma rede de tráfico de drogas e armas. Ele deixou a prisão durante a pandemia, entre 23 de março e 18 de maio, alegando doença e apresentou, inclusive, documentos forjados de um suposto emprego. Cumprindo prisão domiciliar, cometeu o assalto em maio de 2020, quando roubou a caminhonete Cherokee da vítima e passou a ameaçá-la. “A pena dele soma mais de 97 anos de prisão, inclusive por crime como homicídio”, observa o promotor. Entre a documentação apreendida, estão papéis que comprovam que o emprego alegado não passava de um álibi para que o apenado continuasse cometendo crimes na rua.

Leia também:  Bebê de oito meses morre após engasgo em creche de Santo Ângelo

OS MANDADOS

Um dos mandados foi cumprido na casa da companheira do detento, em Gravataí. Ela foi presa. Cabia a ela fazer as ameaças por mensagem de WhatsApp a mando do autor. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa da empregada, em Cachoeirinha. O marido da diarista foi preso por posse de munição e arma. Outros três mandados foram cumpridos na sede da empresa que forneceu o atestado de emprego, em Porto Alegre, e em outros dois endereços ligados ao dono e à filha dele, em Viamão e Porto Alegre. Também foi cumprido mandado na cela do detento.

Receba as notícias da Studio via WhatsApp

Receba as notícias da Studio via Telegram

A Rádio Studio não se responsabiliza pelo uso indevido dos comentários para quaisquer que sejam os fins, feito por qualquer usuário, sendo de inteira responsabilidade desse as eventuais lesões a direito próprio ou de terceiros, causadas ou não por este uso inadequado.

Botão Voltar ao topo