Você não está sozinho: entenda quais as situações que podem comprometer a saúde mental de um indivíduo
Setembro é um mês importante pois uma campanha emblemática é realizada: o setembro amarelo, que busca a prevenção do suicídio. Para isso, atividades são realizadas em cada município, objetivando a conscientização e o diálogo sobre o tema. Em 2020, as atividades estão limitadas por conta da pandemia de coronavírus, entretanto, como o objetivo do mês é de extrema importância, é necessário falar sobre o tema.
Assim sendo, uma série de reportagens, com quatro episódios e que contará com profissionais do CAPS de Veranópolis será realizada neste mês. Esses psicólogos, psiquiatras, tocarão no tema, buscando promover reflexão. No segundo episódio a temática será as patologias que comprometem a saúde mental de um indivíduo e como o suicídio apresenta-se neste contexto.
A busca pelo suicídio é o resultado de uma agravação de diversos fatores, tanto individuais como coletivos, sendo todos eles decorrentes de um sofrimento muito agudo.
– vem sempre com sentimentos de desespero, desamparo, perda de esperança – completa o Psiquiatra Luiz.
Esses sentimentos costumam ser decorrentes de quadros clínicos de algumas patologias específicas, como depressão, esquizofrenia, alcoolismo e dependência química. Em âmbito coletivo, situações do contexto cultural de um país importam muito, também. Um exemplo é o próprio cenário atual, de pandemia, que agravou crises em diversos setores, causando maior violência, tensões e perda de empregos.
Diante de todas essas causas, somadas ao desespero e a perda de esperança, a visão de soluções dos problemas vão sendo afuniladas e apenas uma alternativa se faz presente para a vítima: o suicídio. Neste cenário entra o papel de conscientização do setembro amarelo e o trabalho dos profissionais da área, para demonstrar para essa pessoa que precisa de ajuda, que ela não está sozinha e que, há outras soluções para o problema. Além dos psicólogos e psiquiatras, toda a comunidade deve abraçar esses indivíduos, criando uma rede de apoio e jamais minimizando a sua dor.
– muitos casos podem ser salvos […] pelas redes de apoio da pessoa, principalmente a família, mas também, as pequenas comunidades, as igrejas, grupos de amigos, eles todos tem um papel de auxiliar as pessoas a enxergar que existem outras alternativas e fazê-la se sentir apoiada, combater aquele sentimento de desemparo e solidão – finalizou o Psiquiatra.