DRACO de Caxias do Sul finaliza investigação que monitorou uma organização criminosa especializada em estelionato, conto do bilhete e lavagem de dinheiro

A Polícia Civil, por meio da DRACO de Caxias do Sul, finalizou hoje, uma investigação que monitorou uma organização criminosa especializada em estelionato, conto do bilhete e lavagem de dinheiro. Durante o andamento da operação, foram identificados 25 membros do grupo e cumpridos 08 mandados de busca e apreensão, sendo apreendidos diversos documentos de interesse da operação.

A organização criminosa vinha sendo investigada há cerca de 06 meses, quando agentes da DRACO de Caxias do Sul descobriram como funciona o complexo esquema de estelionato e lavagem de dinheiro do grupo. Segundo a investigação, o grupo atuava da seguinte maneira:

• 1º Momento: A liderança da organização define membros de confiança, os membros de confiança prospectam “laranjas” que são orientados a abrirem contas em diversos bancos e se cadastrarem em casas de câmbio. Após, repassam seus dados para que sejam depositados o dinheiro do golpe. Tanto os membros de confiança, quanto os “laranjas” serão comissionados de acordo com o valor que o golpistas conseguem retirar das vítimas.

• 2º Momento: De posse dos dados dos laranjas, a equipe de estelionatários vai para a rua aplicar os crimes. Quando as vítimas realizam as transferências/depósitos, o fazem diretamente para as contas dos “laranjas” pois assim foram orientados pelos criminosos.

• 3º Momento: Imediatamente depois de realizado a transferência da vítima para a conta do “laranja”, os golpistas informam aos membros de confianças da organização. Ato contínuo, os membros de confiança juntamente com seus “laranjas” vão a diversos bancos sacar e transferirem quantias de dinheiro para outras contas ou para contas de casas de câmbios.

• 4º Momento: O membro de confiança acompanha o “laranja” até a casa de câmbio que convertem o valor recebido do crime em moeda estrangeiras e o entregam para o membro de confiança.

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• 5º Momento: O membro de confiança entrega o dinheiro para a liderança que repassa aos golpistas e para a responsável por adquirir bens.A investigação conseguiu apurar que o grupo lesou aproximadamente R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) somente nos 6 meses que durou investigações. Em uma das vítimas o grupo deu um golpe de R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). Os golpes eram aplicados em diversas cidades, os estelionatários escolhiam os municípios nos quais fariam vítimas pelo alto poder aquisitivo dos seus moradores, dentre elas, no Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre e Caxias do Sul entre outras, mas também em cidades do Estado de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

O Delegado Luciano Righês Pereira explica que na forma mais comum do golpe, um dos criminosos, fingindo ser uma pessoa humilde, abordava a vítima e dizia ter um bilhete premiado. Enquanto conversava com o alvo, aparecia um segundo golpista, bem vestido, e se mostrava interessado em ajudar o primeiro. Para dar um tom de veracidade à história, o segundo fingia telefonar para a Caixa Econômica Federal, a fim de “confirmar os números sorteados”.Em seguida, o suposto vencedor do prêmio pedia ajuda para sacar os valores e prometia uma recompensa a quem o ajudasse. No entanto, exigia da vítima um repasse em dinheiro antes, como garantia de que não seria roubado. Depois que recebia o valor da vítima, o estelionatário não era mais visto. Só então a pessoa percebia ter sido enganada.

Em diversos casos as vítimas não registram ocorrências por constrangimento de seus familiares. Muitos depósitos foram identificados nas contas dos golpistas dos quais as vítimas não registraram, impossibilitando uma investigação mais apurada das Delegacias da Polícia Civil. Os 25 membros do grupo foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, pois funcionavam de forma hierárquica com tarefas e funções definidas e objetivo de obter vantagens financeiras, mediante a prática do crime de estelionato e também pelo crime de lavagem de dinheiro, pois logo após o golpe o grupo praticava um conjunto de manobras com o objetivo de disfarçar a origem ilícita do dinheiro, efetivando diversas transações, conversões e movimentações para distanciar ainda mais o dinheiro de sua origem ilícita.Referente ao líder da organização criminosa foi solicitado o bloqueio de suas contas bancárias, bem com o sequestro de bens, no valor de aproximadamente R$ 1.0000,00 de reais (um milhão de reais).

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