Cotiporã projeta retorno às aulas presenciais em setembro com atendimento individualizado; educação infantil não deve voltar em 2020
O retorno das aulas presenciais é uma situação muito debatida desde o início da pandemia. Na última terça-feira (11), o governador do RS encaminhou uma proposta à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que estipula um retorno escolar ainda para o mês de agosto. Automaticamente, essa situação gerou debates e posicionamentos distintos de entidades.
Diante disso, a reportagem da Studio entrou em contato com a Secretária de Educação de Cotiporã, Elizabete Ramansini, com o objetivo de entender qual é o parecer do município diante dessa proposição.
A posição de Cotiporã
O plano de retorno está sendo organizado pela Secretaria de Educação. O ofício completo será enviado nesta quinta-feira (20), para a aprovação do comitê municipal de crise. O retorno com a aprovação ou reprovação deve ocorrer em 15 dias.
Segundo o plano, o primeiro retorno presencial deve acontecer na segunda quinzena de setembro. Essa primeira volta será de todos os alunos, das diferentes idades, mas com um atendimento individualizado. As aulas serão feitas por agendamento, para alunos que precisam de uma assistência, por não terem se adaptado bem ou conseguido internalizar o conteúdo das aulas à distância. Nesse ponto, os mais pequenos não devem estar inclusos.
Em um segundo momento, planejado para o fim de setembro/início de outubro, os jovens retornarão para a escola de forma alternada, híbrida e com pausas de 15 dias entre a ida ao educandário e retorno ao mesmo. A volta será feita priorizando as turmas consideradas de “finais de ciclos”, por estarem em fases mais delicadas da aprendizagem. Os primeiros a retornarem serão os 3º e 5º anos junto aos 6º e 9º. As turmas irão sendo intercaladas entre elas. Após a volta desses, as demais séries deverão ser retomadas gradualmente.
Em relação a educação infantil/creche, as aulas não devem retornar neste ano. Compra de EPI’s, capacitação dos profissionais e orientação das famílias estão sendo medidas realizadas neste momento de preparo.
Relembre o que é a proposta do governador
Na terça-feira (11), começaram os diálogos para um retorno escolar presencial efetivo. A sugestão inicial apresentada pelo Estado propõe o retorno gradual e escalonado das aulas a partir de 31 de agosto para as redes pública e privada. O primeiro nível a voltar seria o Ensino Infantil. O Ensino Superior retornaria em 14 de setembro, o Médio e Técnico, em 21 de setembro, os anos finais do Ensino Fundamental, em 28 de setembro e os anos iniciais, em 8 de outubro. O retorno às aulas presenciais ocorrerá, pela proposta do Estado, somente nas regiões que estiverem em bandeira amarela e laranja.
O secretário da Educação, Faisal Karam, deixou claro que os prefeitos darão a palavra final para o retorno nos municípios. Além disso, frisa que o calendário é uma proposição, passível de mudanças.
Pesquisas feitas pela Famurs apontaram que a grande maioria dos prefeitos não concorda com a proposta de Leite e reuniões estão sendo realizadas para que o diálogo sobre a situação seja feito, a fim de promover um consenso e organização dessa volta.