Fagundes Varela não pretende retomar as aulas da educação infantil neste ano; volta do ensino fundamental projeta-se para setembro
O retorno das aulas presenciais é uma situação muito debatida desde o início da pandemia. Nesta terça-feira (11), o governador do RS encaminhou uma proposta à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que estipula um retorno escolar ainda para o mês de agosto. Automaticamente, essa situação gerou debates e posicionamentos distintos de entidades.
Diante disso, a reportagem da Studio entrou em contato com a Secretária de Educação de Fagundes Varela, Vanderleia Valente Binda, com o objetivo de entender qual é o parecer do município diante dessa proposição.
A posição de Fagundes Varela
O plano de retomada está sendo organizado pelo poder público municipal. Segundo a secretária, a cidade não possui como objetivo o retorno das aulas presenciais da educação infantil, visto que, seria difícil a adaptação das crianças e o controle da disseminação da doença. Vanderleia, contudo, afirma que essa é a situação de Fagundes e não tira o direito de outros municípios realizarem a retomada.
Em contrapartida, as turmas do 3º ao 5º ano devem retomar as atividades. A prioridade de retorno para as crianças destas fases é por conta do momento sensível de aprendizado nos quais elas se encontram. Para a volta, o objetivo é que o estudo seja com turmas reduzidas, as instituições de ensino terão suas instalações adaptadas e os EPI’S serão adquiridos.
Em relação a data dessa volta, a projeção é para setembro, entretanto, reuniões serão realizadas com a vigilância epidemiológica, para avaliar um possível adiamento para outubro.
Esse cenário, ademais, diz respeito a escola municipal, o outro educandário da cidade, o qual é estadual, ainda não possui definições de volta.
Relembre o que é a proposta do governador
Na terça-feira (11), começaram os diálogos para um retorno escolar presencial efetivo. A sugestão inicial apresentada pelo Estado propõe o retorno gradual e escalonado das aulas a partir de 31 de agosto para as redes pública e privada. O primeiro nível a voltar seria o Ensino Infantil. O Ensino Superior retornaria em 14 de setembro, o Médio e Técnico, em 21 de setembro, os anos finais do Ensino Fundamental, em 28 de setembro e os anos iniciais, em 8 de outubro. O retorno às aulas presenciais ocorrerá, pela proposta do Estado, somente nas regiões que estiverem em bandeira amarela e laranja.
Investimentos do governo estadual estão sendo feitos para que o retorno seja efetivado. Na proposta a retomada não será feita de forma completa, mas sim híbrida, alternando alunos que vão presencialmente e outros que permanecem em casa, para evitar aglomerações nas salas de aula.
O secretário da Educação, Faisal Karam, deixou claro que os prefeitos darão a palavra final para o retorno nos municípios. Além disso, frisa que o caldenário é uma proposição, passível de mudanças.
Após a apresentação o próximo passo é o diálogo com os municípios. Na noite de ontem (11), o Presidente da Famurs falou, nos canais oficiais da entidade, que agora, após a apresentação da proposta pelo governo estadual, o diálogo junto as associações dos municípios será promovido. Mesmo colocando-se aparentemente receoso com essa medida, afirma que a conversa será feita com as cidades para ouvir quais são as suas posições.
Na próxima terça-feira (18), após todos municípios serem ouvidos, a Famurs realizará outra reunião com Leite, para poder apresentar as reivindicações dos prefeitos e poder promover maior debate sobre a proposição.