Anac autoriza testes para entregas via drones

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nesta semana que os testes para as primeiras entregas de produtos com drones estão liberados, ao menos para uma empresa. A autorização foi concedida para a Speedbird, vale por um ano e é a primeira deste tipo emitida pela agência no Brasil.

O certificado, chamado de Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE), permite que a empresa trabalhe com seu drone para entrega de qualquer produto e em operação que não está no campo de visão, que é quando o operador pode estar mais distante e com obstáculos na vista – como acontece em praticamente qualquer cidade grande.

“Dentre as atividades que a sociedade espera para os drones explorarem, o delivery é uma das mais promissoras. Obter o CAVE é uma etapa importante no processo de desenvolvimento do negócio, principalmente por ser de uma empresa brasileira”, diz Roberto Honorato, superintendente de Aeronavegabilidade da Anac.

O drone, modelo DLV-1 e matrícula PP-ZSL, pesa aproximadamente nove quilos, pode alcançar velocidade máxima de 32 km/h e carregar dois quilos de carga – é bastante pizza. Neste momento as operações podem acontecer em distância máxima de 2,5 quilômetros do ponto de partida, mas a aeronave tem autonomia para até 5 quilômetros e pode ser operada por redes 4G ou 5G. O que faltar para a entrega precisa ser finalizado por entregador, no chão mesmo.

Os testes acontecerão na região de Campinas e todas as rotas precisam de autorização da Anac, em trechos determinados por ambas as partes. O certificado tem validade até agosto do ano que vem.

IFood promete entregar por drones

Acompanhando a emissão da certificação, a brasileira iFood diz que já testa entregas por drones desde julho e com a mesma empresa que recebeu a autorização da Anac. A ideia não é de levar o drone até a porta do consumidor final, mas de inserir a aeronave no caminho até o entregador que seguirá a parte final de moto, bicicleta ou patinete.

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Uma rota de 400 metros foi demarcada para este uso, saindo da praça de alimentação do Shopping Iguatemi Campinas e chegando em um ponto de pouso onde os entregadores continuarão o caminho em solo. O iFood diz que este caminho, feito por drones, leva dois minutos, enquanto que o mesmo trecho feito por pessoas leva 12 minutos.

Outra rota está planejada e sai deste ponto de pouso e percorre 2,5 quilômetros até um condomínio próximo. Neste cenário a rota por terra levaria 10 minutos, mas com o drone ela acontece em 4 minutos. Em ambos os casos a previsão de início dos testes foi suspensa por conta da pandemia de COVID-19, mas deve ser retomada nos próximos meses.

Com informações: Anac e do Portal Tecnoblog.

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