Possibilidade da volta às aulas presenciais até o final de agosto: entenda a proposta de Leite

O retorno das aulas presenciais é uma situação muito debatido desde o início da pandemia. Nesta terça-feira (11), o governador do RS encaminhou uma proposta à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que estipula um retorno escolar ainda para o mês de agosto. Automaticamente, essa situação gerou debates e posicionamentos distintos de entidades.

Para conhecer a posição da Serra, nesta terça (12), a Studio conversou com o Presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) e Prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda.

A proposta

Na terça-feira (11), começaram os diálogos para um retorno escolar presencial efetivo. A sugestão inicial apresentada pelo Estado propõe o retorno gradual e escalonado das aulas a partir de 31 de agosto para as redes pública e privada. O primeiro nível a voltar seria o Ensino Infantil. O Ensino Superior retornaria em 14 de setembro, o Médio e Técnico, em 21 de setembro, os anos finais do Ensino Fundamental, em 28 de setembro e os anos iniciais, em 8 de outubro. O retorno às aulas presenciais ocorrerá, pela proposta do Estado, somente nas regiões que estiverem em bandeira amarela e laranja.

Investimentos do governo estadual estão sendo feitos para que o retorno seja efetivado. Na proposta a retomada não será feita de forma completa, mas sim híbrida, alternando alunos que vão presencialmente e outros que permanecem em casa, para evitar aglomerações nas salas de aula.

Na conversa com Famurs, Leite apresentou sugestões de datas e possibilidades para retorno das aulas – Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini

O secretário da Educação, Faisal Karam, deixou claro que os prefeitos darão a palavra final para o retorno nos municípios.

– não será uma imposição. Estamos sugerindo um calendário e, se o quadro do contágio por coronavírus não apresentar um achatamento da curva, tudo será revisto. A autonomia de levar os filhos para a escola é dos pais. Se preferirem não fazer isso, será necessário que o Estado e os municípios busquem alternativas para a continuidade da educação. Os prefeitos terão a autonomia para, dentro da realidade da sua cidade, decidir se há condições para o retorno presencial – explicou.

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Após a apresentação o próximo passo é o diálogo com os municípios

Na noite de ontem (11), o Presidente da Famurs falou, nos canais oficiais da entidade, que agora, após a apresentação da proposta pelo governo estadual, o diálogo junto as associações dos municípios será promovido. Mesmo colocando-se aparentemente receoso com essa medida, afirma que a conversa será feita com as cidades para ouvir quais são as suas posições.

Maneco Hassen, Presidente da Famurs em pronunciamento na noite de ontem (11) / foto: reprodução

Na próxima terça-feira (18), após todos municípios serem ouvidos, a Famurs realizará outra reunião com Leite, para poder apresentar as reivindicações dos prefeitos e poder promover maior debate sobre a proposição.

Posição da Serra Gaúcha

O Presidente da Amesne afirmou, em entrevista , que os prefeitos da região já foram informados em relação a essa situação e o diálogo entre os municípios será promovido nos próximos dias. Sendo assim, até o momento não há uma posição oficial da associação.

Entretanto, de forma particular, Breda como prefeito de Cotiporã coloca-se positivo diante da proposta.

– se a região da serra defende que o comércio tem que voltar, o serviço tem que voltar, que o restaurante tem que voltar, as empresas voltam a trabalhar, os pais voltam a trabalhar e onde é que vão deixar e com quem os seus filhos? – concluiu.

Veja a entrevista:

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