‘Foi uma tragédia, uma fatalidade’, diz advogado da mãe de menino de 11 anos morto em Planalto
Após tornar público que defenderá Alexandra Dougokenski, autora confessa da morte do filho, Rafael Mateus Winques, 11 anos, o advogado Jean Severo concedeu entrevista ao AU, na manhã desta quinta-feira, 28. Os questionamentos à defesa tiveram como base as indagações realizadas pela comunidade ao longo dos últimos dias.
Ao lado do estagiário, Martin Gross, Severo voltou a defender a tese de que Alexandra cometeu homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O advogado tornou claro que a estratégia adotada pela defesa será a de que a mãe buscou medicar Rafael após uma discussão em função do uso do celular.
– O menino tinha enxaqueca por usar tanto o celular, e ela tirou o celular dele. O menino ficou chateado, ficou revoltado. Aí ela teve a péssima ideia de medicar o guri, de dar os comprimidos, o que gerou toda essa situação. Uma hora depois ela vai ver o menino, ele tá com a boca roxa, sem batimento, gelado, paralisado em cima da cama. E aí, depois, ela tomou as piores atitudes possíveis e deve responder por isso –, afirma Severo.
“Não tem perícia ainda”
Sobre o resultado da perícia, que indicou que morte de Rafael se deu por asfixia, ele respondeu que ainda não há perícia.
– Não tem perícia ainda. Existe uma informação, que não é formal, e até eu condeno que isso tenha acontecido. Se eu não tenho a perícia formalizada, eu não tenho nada. Há uma suposição de que a criança tenha sido asfixiada, mecanicamente, por estrangulamento, o que é diferente de esganadura, que é com as mãos –, relata o advogado, se referindo ao fato de que o resultado da perícia foi divulgado pela Polícia Civil, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Ainda sobre o tema, o advogado afirma que a asfixia poderia ter ocorrido no transporte do corpo, do quarto para fora.
– Quarto pequeno, a porta não conseguia ser aberta totalmente, tinha uma escrivaninha que trancava a porta. Se ela fosse puxar o menino, ela não ia conseguir, o menino é de 40 quilos, ela é uma moça de 56 kg, não ia conseguir carregar tudo sozinho. Então ela teve a ideia de reduzir o espaço do corpo, amarrar, a parte de cima e os pés. Que que ela faz, ela puxa ele, aí é ocultação de cadáver, ela começou a tomar as piores decisões. Provavelmente, no puxar, pega o pescoço também. Agora eu preciso da perícia para apurar o que ocorreu – argumenta.
Com informações do Portal AU Online e do In Foco RS.