Após acordo coletivo extraordinário, Simecs apoia fechamento total das indústrias
Segundo a Rádio Caxias, na quarta-feira (18), o Comitê de Crise formado pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), pelo Sindicato dos Metalúrgicos e pela gerência regional do Ministério do Trabalho homologou uma Convenção Coletiva Extraordinária. O documento definiu algumas medidas como o afastamento de pessoas que integram o grupo de risco e o cancelamento de viagens nacionais e internacionais. No dia seguinte, o Sindicato dos Trabalhadores solicitou a paralisação geral de todas as empresas.
Na sexta-feira (20), com o novo decreto assinado pelo prefeito Flavio Cassina (PTB), foi declarada situação de emergência no Município, e entre as ações previstas que vigoram a partir da 00h01 deste sábado (21), estão suspensas as atividades no comércio e na indústria por tempo indeterminado. Apenas serviços essenciais como supermercados, farmácias, padarias e postos de gasolina continuarão funcionando, mas respeitando determinadas regras.
A decisão foi anunciada numa reunião do prefeito com representantes de diversas entidades de Caxias do Sul com o objetivo de combater a propagação do coronavírus. O presidente do Simecs, Paulo Spanholi, participou do encontro e informa que a paralisação atingirá mais de 50 mil trabalhadores das empresas vinculadas ao sindicato patronal, em 17 cidades. Ele ressalta que o decreto visa a preservação da saúde das pessoas.
Nesta semana, várias empresas se anteciparam à nova medida e anunciaram férias coletivas. As primeiras foram Marcopolo e Randon, que informaram que concederão 20 dias aos funcionários a partir da próxima segunda-feira (23). Na Marcopolo, a medida vale para as unidades no Brasil e, na Randon, para as fábricas de Caxias. O Grupo Brinox também dará férias coletivas para os seus cerca de 800 colaboradores pelo mesmo período.
Da mesma forma a Soprano, de Farroupilha, dará férias coletivas a partir de segunda-feira com retorno previsto para 13 de abril. Em Carlos Barbosa, a Tramontina paralisará a produção das unidades fabris a partir do dia 23, assim como as lojas de fábrica que já estão fechadas, pelo tempo necessário.