Professores estaduais voltam às salas de aula mesmo sem garantias de pagamento

Após 58 dias de paralisação, está suspensa a greve do magistério público estadual. A categoria decidiu encerrar o movimento em Assembleia Geral na tarde desta terça-feira (14).

Segundo comunicado do Sindicato CPERS, antes de discutir a suspensão da greve, os presentes rejeitaram a proposta de acordo de greve do governo, que previa o pagamento dos dias parados mediante a recuperação das aulas e o posterior desconto dos valores ao longo de seis meses. A força da greve e a pressão sobre a base aliada do Governador Eduardo Leite levou ao adiamento da votação da maior parte do pacote. A proposta de alteração do Plano de Carreira do Magistério também passa por mudanças e sua apreciação na Assembleia ainda é uma incógnita.

Contudo, a volta às aulas não é uma garantia do fim das paralisações pois caso o governo convoque os deputados em sessão extraordinária no dia 27, a categoria realizará um ato estadual com instalação de acampamento e paralisação nos dias de votação.

O Colégio Estadual São Luiz Gonzaga postou em suas redes sociais um comunicado quanto a esta situação: “Nós, professores do Colégio São Luiz, mesmo sem garantias de pagamento pelo governo do estado, mas em respeito a nossos alunos e suas famílias, decidimos retornar para a recuperação das aulas no dia 15 de janeiro. Reiteramos que continuaremos em estado de greve e nos mobilizaremos nos dias de votação dos projetos do governo, previstos para o final deste mês. Agradecemos a compreensão e o apoio de toda a comunidade veranense e contamos com sua solidariedade na luta por uma escola pública de qualidade.”

A reportagem da Studio entrou em contato com a diretora do Colégio, Elizabete de Quadros, a qual afirmou que o clima é de instabilidade. Mesmo que as aulas tenham voltado os professores não possuem total garantia de efetivação das suas revindicações. Quanto a quando o ano letivo de 2019 irá ser finalizado também faz parte de uma incógnita, pois o plano de aula ainda necessita de aprovação.

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Assim, entende-se que um grande ponto de interrogação instala-se quando o assunto é a educação estadual do Rio Grande do Sul, por conta de toda instabilidade que cerca as negociações e a tentativa do planejamento do fim do ano letivo.

Com informações da reportagem da Rádio TV Studio | Repórter Michelle Pértile

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