Fracassa nova tentativa de acordo pelo fim da greve dos professores no Estado
O governo do Estado e o Cpers-Sindicato não conseguiram entrar em acordo para por fim à greve do magistério estadual iniciada em 18 de novembro. O encontro foi realizado no final da manhã desta quarta-feira (08) na sede da Seduc (Secretaria da Educação), em Porto Alegre. As pendências que impediram o acerto não são novas: o pagamento dos dias parados e a recuperação das aulas.
Com isso, o movimento, que ainda mantém 132 escolas totalmente paralisadas, seguirá por tempo indeterminado. A Seduc contabiliza os locais parados parcialmente. Ao todo, há quase 2,5 mil instituições de ensino estaduais no Rio Grande do Sul.
Como explicou o secretário Faisal Karam, o Estado está propondo uma “trégua” no impasse. “Ambos os lados concordam em priorizar os alunos, por isso a urgência está em recuperar as aulas perdidas e finalizar o ano letivo 2019”, disse o titular da Educação.
A proposta do governo é de pagar o salário da categoria relativo aos dias paralisados de forma integral em folha suplementar a ser rodada em até cinco dias úteis partir da adesão da categoria ao acordo.
O desconto proporcional pelos dias paralisados seria feito de forma parcelada ao longo de seis meses. Quando for concluída a recuperação dos 25 dias de aulas perdidos em 2019, o Estado propõe uma nova rodada de negociação para discutir se mantém o desconto ou não.
“Na base da confiança, estamos estabelecendo uma trégua ao impasse, priorizando os estudantes e toda a comunidade escolar”, sintetizou o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, que participou do encontro juntamente com o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, e integrantes da Seduc.
O Cpers fez questionamentos à proposta e respondeu que irá levá-la para avaliação de grevistas em assembleia geral, para então dar a posição oficial da categoria.