Polícia Civil, através da DP de Bom Jesus, concluí inquérito sobre homicídio bárbaro na cidade

A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Bom Jesus, concluiu nesta semana o inquérito sobre homicídio bárbaro ocorrido na cidade de Bom Jesus.

Segundo este, dia 09 de abril de 2019 PATRICIA MARQUES MULLER saiu da cidade de Feliz e foi para Bom Jesus, onde disse que iria morar com amigas e procuraria emprego. O último contato com familiares foi dia 21 de abril. Dia 08 de Maio um corpo de mulher, bastante carbonizado, em decomposição e desmembrado, foi encontrado na localidade de Mandaçaia, a dez minutos da cidade de Bom Jesus.

A partir de redes sociais, os investigadores chegaram através de redes sociais ao perfil que seria da vítima. Dias depois, a checagem da numeração da prótese de metal em um dos membros inferiores, resultado de um acidente, indicou que se tratava de PATRÍCIA, o que foi confirmado por reconhecimento de tatuagens existentes no dorso, e posteriormente por exame de DNA.

Segundo familiares, Patrícia era usuária de drogas e estaria grávida de quatro meses.

A necropsia realizada no Posto do DML de Vacaria apontou que se tratava de um cadáver feminino, cabelos loiros, parcialmente esqueletizado, espostejado (esquartejado). O aspecto anterior do corpo estava carbonizado e decomposto. Não foi encontrado o útero. No aspecto posterior, dorso, havia preservação de tecidos em razão da umidade do solo, onde estavam íntegras tatuagens dorsais que serviram a uma das modalidades de reconhecimento. Ausência de todo o braço direito. De parte do braço esquerdo, do terço distal da coxa e da perna direita. Fêmures seccionados. Apesar do estado do cadáver, a perícia encontrou nos tecidos marcas de ferimentos por objetos pérfuros-cortantes na região infraescapular direita e esquerda.

Segundo a perícia, não havia condições de definir em razão do estado do cadáver se a carbonização e o espostejamento (esquartejamento) deu-se em vida ou após a morte.

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A perícia realizada no local do crime, pelos peritos do Departamento de Criminalística, concluiu que;

– Tratava-se de local de desova de cadáver;
– Na data da perícia, o cadáver estava em fase coliquativa de putrefação;
– Tratava-se de vítima do sexo feminino, branca, com cabelos longos e loiros;
– Constatamos ter sido vítima de ocorrência de morte violenta, muito provavelmente,
perpetrada por meio de instrumento(s) pérfuro-cortante (faca, adaga, canivete, etc) e/ou córtocontundente
(facão, machado, etc) em local distinto;
– A vítima sofreu o desmembramento dos membros superiores e inferiores, total ou
parcialmente. É possível que músculos e pele do tronco também tenham sido cortados e removidos;
– A vítima foi transportada até o local, vestindo calcinha e sutiã e envolta em tecidos,
provavelmente, pertencentes a um cobertor e um lençol;
– Depois de o cadáver ter sido deixado na margem da estrada vicinal, houve tentativa de carbonização do mesmo e dos demais vestígios. Houve a queima parcial da cabeça e da região anterior do corpo, de parte das vestes e dos tecidos que o envolviam. A água presente no local, preservou a região posterior do cadáver que se encontrava parcialmente submerso durante o incêndio.

A partir desses achados e das informações periciais, a Polícia Civil, através da DP Bom Jesus iniciou e desenvolveu discreta, intensa, prioritária e complexa investigação.

Chegou ao local onde provavelmente o homicídio fora perpetrado, uma residência na rua Arlindo Panenbeker, Bairro Santa Catarina. A polícia apreendeu diversas peças de roupa, cinco facas, um serrote, um machado e outros objetos. Exame de DNA encontrou sangue da vítima no machado e no serrote apreendidos na casa.

Outra perícia foi solicitada, desta vez com eprego de luminol na residência, um produto químico especial capaz de fazer aparecer traços de sangue até então invisíveis a olho nu, é um dos equipamentos mais utilizados pelos investigadores para revelar cenas ocultas de um crime. Aplicado com borrifadores especiais, descobre os resquícios sanguíneos ao ter contato com a hemoglobina, identificando o ferro presente no sangue por meio da geração de uma intensa luz azul que pode ser vista em um local escuro ou no momento em que se apaga a luz do ambiente. A técnica é tão eficaz que pode encontrar os vestígios de sangue “mesmo em locais onde um criminoso tentou eliminar as pistas, usando fortes produtos de limpeza. O processo químico que a substância provoca é chamado de quimiluminescência, fenômeno similar ao que faz vaga-lumes e bastões luminosos brilharem. O luminol também foi empregado no veículo no qual o corpo foi transportado até o local da desova e carbonização.

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INDICIADOS

A investigação policial prosseguiu, sendo identificados os três indivíduos que estavam na casa e que praticaram o crime triplamente qualificado, e a destruição e ocultação de cadáver.

Diante de provas robustas, a Prisão Preventiva foi solicitada pela autoridade policial e decretada pela Justiça. DOUGLAS CÓRDOVA BORGES, 20 anos, morador de Bom Jesus, foi preso em 16 de maio. Nesse cia, os policiais encontraram drogas,sendo ele preso por tráfico de drogas junto com um comparsa de tráfico.

A Polícia Civil realizou diversas diligências para prender os outros dois criminosos, em cidades de Santa Catarina e Porto Alegre.

TOBIAS ALMEIDA SANTOS, 21 anos, esteve por municípios catarinenses, mas somente foi encontrado e preso pelos Policiais Civis em Porto Alegre, no dia 31 de maio.

O terceiro indiciado, LUCAS RODRIGO DA SILVA VELLEDA, 20 anos, conhecido como LK, ainda não foi localizado e encontra-se foragido. Ele é de Porto Alegre, mas estava em Bom Jesus havia vários meses, traficando drogas.

VÍDEO DA MORTE

Existe um vídeo que foi feito pelos próprios criminosos. Nele, a vítima ainda estaria agonizando e mostraria os criminosos se divertindo com o fato. Segundo informações e depoimentos, esse vídeo circulou por redes sociais, e fora visto por muitas pessoas. Infelizmente, até o momento a Polícia não conseguiu ter acesso. Por isso, é solicitado ÁS PESSOAS DE BEM de Bom Jesus-Rs que tenham visto ou armazenado o vídeo, que colaborem e apresentem-no. Será garantido todo o sigilo e o anonimato, pois o importante não é a fonte do vídeo, e sim o que ele mostra.

Motivos: segundo a investigação, LUCAS pertenceria a uma facção, e depois de um convívio pacífico em Bom Jesus, descobriu que na cidade de origem PATRÍCIA tinha ligação com pessoas de facção rival.

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O assassinato ocorreu no Domingo de Páscoa, dia 21 de abril, dia do aniversário de Patrícia, e segundo informações que chegaram à Polícia Civil, até mesmo a data foi escolha deliberada pelos autores.

As fotografias do cadáver de PATRÍCIA são impublicáveis.

Em rede social, TOBIAS SANTOS exaltou determinada facção e exibiu fotografia do corpo de PATRÍCIA, já morta, estirada ao chão, sendo repreendido por LUCAS em mensagem. Com a advertência, a postagem foi retirada, mas a Polícia obteve-a, cujo print faz parte dos autos do Inquérito Policial.

Denuncie à Polícia Civil ou Militar se souber do paradeiro do foragido.

A Polícia Civil também contou com o apoio de sempre, pelos colegas de Segurança Pública do OPM/Brigada Militar de Bom Jesus.

As investigações foram realizadas pelos quatro agentes da Polícia Civil da DP Vacaria, Comissário Joevane, Escrivão Cláudio, Inspetores Panassol e Ednaldo, conduzidas pelo Delegado de Polícia Vitor Fernando Boff.

Com informações da Rádio Cidade de Vacaria e da Polícia Civil.

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