Um sapo-cururu foi resgatado com a boca colada no bairro São Cristóvão, em Passo Fundo, Norte do Rio Grande do Sul, no início de dezembro. Após ser notado por uma moradora que estranhou seu comportamento, o animal foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), onde passou por uma cirurgia delicada para remover um objeto estranho obstruindo seu estômago. A recuperação do anfíbio, agora em bom estado, trouxe à tona a gravidade do caso, tratado como maus-tratos.
Segundo a veterinária Michelli Ataide, a análise preliminar do objeto encontrado no estômago do sapo levanta suspeitas de envolvimento em rituais ou práticas maliciosas. “É algo que o sapo não poderia engolir sozinho”, explicou a profissional. O caso foi encaminhado ao Ministério Público, que iniciou investigações para identificar os responsáveis e esclarecer os fatos.
O promotor Paulo Cirne, que atua em causas ambientais, destacou a gravidade do episódio, classificando-o como uma nova ocorrência no Ministério Público local. “É evidente o sofrimento causado ao animal, e estamos tratando o caso com prioridade.” Em 2024, a cidade de Passo Fundo registrou quase 100 ocorrências de maus-tratos contra animais, conforme dados do Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BABM).
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