A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (4/12) a Operação Quia Prius, que investiga possíveis crimes licitatórios e desvios de recursos públicos na Prefeitura de Torres/RS. A ação conta com a participação de aproximadamente 40 policiais federais.
Os agentes cumprem nove mandados de busca e apreensão em diversas cidades do Rio Grande do Sul, incluindo Torres, Xangrilá, Arroio do Sal, Porto Alegre, São Leopoldo, além de Balneário Camboriú/SC.
Durante a operação, a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 760 mil em contas bancárias e aplicações financeiras, além da apreensão de veículos avaliados em mais de R$ 100 mil. Também houve o bloqueio de direitos sobre imóveis de luxo, todos com indícios de relação com os crimes investigados.
As ordens judiciais foram emitidas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, uma vez que um dos investigados possui foro privilegiado devido ao cargo ocupado.
A investigação teve início após a identificação de supostas irregularidades envolvendo a adesão da Prefeitura de Torres a uma Ata de Registro de Preços de outra prefeitura. Esse acordo resultou na contratação de uma empresa para serviços médicos, que posteriormente foi alvo de questionamentos.
Os indícios apontam que as irregularidades começaram na contratação inicial, incluindo sobrepreço dos serviços, falhas na fiscalização e prorrogações marcadas por vícios. Após o término do contrato inicial, a mesma empresa foi contratada novamente por dispensa de licitação. Neste processo, outras empresas participantes, que apresentaram preços mais baixos, desistiram de forma suspeita, alegando não ter condições de prestar os serviços.
A Polícia Federal segue com as investigações para identificar todos os envolvidos e dimensionar o prejuízo aos cofres públicos.