A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (12/12), a segunda fase da Operação Rêmora, com o objetivo de investigar crimes licitatórios e desvios de recursos públicos. A apuração foca na aquisição de 424 lousas interativas pela Prefeitura de São Leopoldo, destinadas à Secretaria Municipal de Educação, com um gasto total que ultrapassa R$ 13 milhões.
No decorrer da operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de valores em contas bancárias relacionadas a nove pessoas (físicas e jurídicas). Em alguns casos, o bloqueio determinado ultrapassa R$ 2 milhões por investigado.
As ordens judiciais, expedidas pela 5ª Vara Federal de Novo Hamburgo/RS, foram executadas em diversas localidades: Porto Alegre (1), São Leopoldo (1), Lajeado (3), Estrela (4), Morro Reuter (1) e Picada Café (1).
A investigação começou a partir de informações divulgadas na imprensa e de relatórios do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE/RS). A PF identificou que a empresa alvo da operação foi contratada por diversas prefeituras do estado por meio de adesões a Atas de Registro de Preços de 2021 e 2022. Há indícios de direcionamento nos processos licitatórios, garantindo que a empresa investigada fosse declarada vencedora.
Além disso, a operação apura crimes de corrupção ativa e passiva, envolvendo possíveis agentes públicos e representantes da empresa beneficiada. O objetivo é investigar práticas que frustraram o caráter competitivo das licitações.