PF desarticula esquema milionário de bebidas estrangeiras com a Operação Ânfora

Ação no Rio Grande do Sul mira descaminho de bebidas do Uruguai e Argentina, com apreensão de mais de mil garrafas e prisão em flagrante

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, dia 11, a Operação Ânfora, uma ofensiva contra o comércio clandestino de bebidas importadas do Uruguai e da Argentina. A ação desarticula um esquema milionário de descaminho, com base de operações na região central do Rio Grande do Sul.

Com a participação de 36 policiais federais, foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão nas cidades de Santa Maria (8) e Uruguaiana (1). Além disso, a Justiça Federal em Santa Maria determinou medidas cautelares, como o sequestro de bens imóveis, apreensão de veículos e bloqueio de valores em contas bancárias até o limite de R$ 2 milhões. Restrições à liberdade dos investigados também foram impostas, incluindo proibição de sair do país, suspensão do direito de dirigir, monitoramento eletrônico e vedação de contatos entre os suspeitos.

As investigações começaram em 2022, após denúncias apontarem a comercialização em larga escala de bebidas estrangeiras em Santa Maria. Desde 2021, o esquema movimentava cifras milionárias. Durante as apurações, foram realizadas quatro grandes apreensões de mercadorias, sendo três destas em 2024.

Na deflagração desta quarta-feira, foram apreendidas mais de 1.000 garrafas de bebidas estrangeiras, com indícios de internalização clandestina, e um dos alvos foi preso em flagrante por descaminho.

Além do descaminho, foram identificados indícios de que os envolvidos utilizavam sofisticados meios de ocultação e dissimulação de recursos ilícitos, incluindo operações financeiras realizadas através da conta bancária de uma agência lotérica localizada em Santa Maria.

A operação busca aprofundar as investigações por meio da coleta de novos elementos de prova, para desvendar toda a teia criminosa do grupo. Os bens apreendidos visam assegurar eventual ressarcimento ao erário público, minimizando os prejuízos causados pelo esquema.

Os envolvidos poderão responder pelos delitos de Descaminho, Associação Criminosa e Lavagem de Capitais, com penas máximas que podem atingir 17 anos de reclusão.

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