Brasília (DF), 23/12/2024 – O motorista da carreta envolvida no trágico acidente que matou 41 pessoas no último sábado (21), na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, se apresentou à Polícia Civil nesta segunda-feira (23). De acordo com informações apuradas pela Agência Brasil, o homem, cujo nome não foi divulgado, compareceu à delegacia da cidade acompanhado por ao menos um advogado.
O acidente envolveu um ônibus da Emtram, que saiu de São Paulo com destino a Elísio Medrado, na Bahia, transportando 44 passageiros e o motorista. Durante o trajeto, o ônibus perdeu o controle após o estouro de um pneu, colidindo contra a carreta no km 286 da BR-116, na localidade de Lajinha, em Teófilo Otoni. Após o impacto, o ônibus pegou fogo, agravando ainda mais a tragédia. Um carro que trafegava no local também colidiu com a carroceria da carreta, sem conseguir frear a tempo.
Das 44 pessoas que estavam no ônibus, 41 morreram no local e três permanecem internadas devido aos ferimentos. O Corpo de Bombeiros e equipes de resgate atuaram durante horas no local para conter as chamas e prestar assistência às vítimas.
No domingo (22), representantes da Polícia Civil informaram em entrevista coletiva que há indícios de que a carreta transportava excesso de peso. Um bloco de granito que era transportado pela carreta teria se soltado e atingido o ônibus. No entanto, testemunhas apontaram outra possível causa: o motorista do ônibus teria perdido o controle do veículo após o pneu estourar, invadindo a pista contrária e colidindo frontalmente com o caminhão.
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o motorista da carreta, que deixou o local logo após o acidente, está com a habilitação suspensa há dois anos. Ainda não foram divulgados detalhes sobre a sua responsabilidade no caso.
A empresa Emtram divulgou nota oficial afirmando que o ônibus estava com a documentação regular, manutenção em dia e pneus novos. A empresa também informou que a velocidade do veículo era compatível com o trecho e que está prestando suporte às vítimas e seus familiares, incluindo auxílio logístico para os parentes que precisaram se deslocar até Minas Gerais.
Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil
Foto: Corpo de Bombeiros Militar/MG