Ministério Público do RS vai recorrer para aumentar pena de mulher condenada por atropelamento fatal em Uruguaiana

Condutora embriagada e sem habilitação matou uma mulher e deixou um homem com sequelas permanentes em acidente ocorrido em 2016

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) anunciou que vai recorrer para aumentar a pena de uma mulher de 28 anos, condenada no último dia 12 de dezembro pelo Tribunal do Júri de Uruguaiana a 19 anos e 10 dias de prisão. O caso ocorreu em outubro de 2016, quando a ré, na época com 20 anos, dirigia embriagada, sem habilitação, em alta velocidade e em zigue-zague na Avenida XV de Novembro, no Centro do município.

Na ocasião, a condutora perdeu o controle do veículo e atropelou Eunice Lopes Pizarro, de 59 anos, que não resistiu aos ferimentos e faleceu. O outro pedestre, Paulo Sidnei da Silva Cardoso, então com 31 anos, sofreu traumatismo craniano e ainda hoje carrega sequelas permanentes. Ele utiliza cadeira de rodas e apresenta dificuldades para andar e falar.

A ré foi condenada por homicídio simples e tentativa de homicídio simples. Logo após a leitura da sentença, a mulher foi presa em plenário. O promotor de Justiça Caio Isola de Aro, que atuou na acusação pelo MPRS, enfatizou a gravidade do caso.

“Um caso que, há oito anos, gerou indignação na comunidade de Uruguaiana resultou em Justiça. Uma jovem alcoolizada, sem CNH, conduzindo um veículo de pequeno porte, com mais seis pessoas no interior, alguns menores de idade, imprimindo velocidade e fazendo zigue-zague, rindo dos pedidos de parada pelos ocupantes, atropelou duas pessoas que saíam alegremente de uma casa noturna, matando uma senhora e deixando eternamente inválido um rapaz. Apesar de ter saído presa da sessão, a pena de 19 anos reflete a ternura da nossa lei e de alguns juízes com assassinos”, destacou o promotor.

O Ministério Público busca um aumento na pena, considerando a gravidade dos fatos e os impactos irreversíveis causados às vítimas e seus familiares.

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