Honda e Nissan selam fusão para desafiar gigantes da indústria automotiva

A união visa enfrentar o avanço chinês e liderar a transição para veículos elétricos

A Honda e a Nissan confirmaram um acordo de fusão que promete transformar o cenário global da indústria automotiva. As negociações, que incluem a Mitsubishi, posicionarão o novo conglomerado como o terceiro maior do mundo, com um valor estimado de US$ 50 bilhões, ficando atrás apenas de Toyota e Volkswagen. A fusão deverá ser concluída até 2026, com a Honda assumindo a liderança na direção estratégica da nova entidade.

A colaboração entre as marcas irá além da gestão compartilhada, incluindo o desenvolvimento de tecnologias fundamentais para veículos elétricos e autônomos. Plataformas e motores serão unificados para reduzir custos e complexidade, garantindo um portfólio mais enxuto de veículos a combustão, híbridos e elétricos. No entanto, as três marcas — Honda, Nissan e Mitsubishi — continuarão operando de forma independente, preservando suas identidades e linhas de produtos.

Este movimento estratégico ocorre em um momento de rápidas transformações no setor automotivo, impulsionadas pela necessidade de eletrificação e pela crescente concorrência das montadoras chinesas. A Renault, maior acionista da Nissan, afirmou que analisará todas as opções à luz do melhor interesse de seus stakeholders, indicando que a fusão poderá reconfigurar alianças já existentes.

O acordo, oficializado através de um Memorando de Entendimento (MOU), inclui também um comitê especial para explorar os próximos passos. A parceria estratégica entre Honda e Nissan já vinha sendo desenvolvida ao longo do ano, com compromissos firmados para pesquisa em plataformas de veículos definidos por software e outras inovações que pavimentam o futuro da mobilidade.

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