Homem é condenado à revelia por tentar matar ex-companheiro de sua ex-namorada a pauladas em Camaquã

Um homem de 62 anos, denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foi condenado a oito anos, 10 meses e 20 dias de prisão por tentativa de homicídio. O crime ocorreu em agosto de 2010, quando o réu agrediu com uma paulada o ex-companheiro de sua ex-namorada. O julgamento ocorreu na comarca de Camaquã, no dia 11 de dezembro, e o réu foi condenado à revelia, com a execução imediata da pena e expedição de mandado de prisão.

A tentativa de homicídio foi qualificada por motivo fútil e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo a denúncia, o motivo fútil foi o ciúme que o réu sentia ao não aceitar o término do relacionamento. A vítima era, na verdade, o ex-marido da mulher com quem o condenado teve um relacionamento. O recurso que dificultou a defesa se deu pelo fato de o réu ter invadido a casa da vítima enquanto ela dormia e desferido uma paulada em sua cabeça.

O promotor de Justiça Fernando Mello Müller, que representou o MPRS no Tribunal do Júri, destacou a gravidade do caso. A vítima ficou cinco dias em coma após o ataque e precisou ser transferida de Camaquã para Porto Alegre devido à necessidade de atendimento especializado. Após 20 dias de internação, o homem enfrentou um ano de incapacidade para o trabalho e ainda sofre com sequelas do ataque.

“Os jurados, representantes da sociedade de Camaquã e demais municípios da comarca, reprovaram a ação cruel e covarde praticada pelo réu. Com isso, reconheceram que a casa é o asilo inviolável do indivíduo, como diz a Constituição. É o lugar em que todos têm o direito de descansar, dormir e acordar sem serem interrompidos pelo anseio homicida de ninguém”, destacou o promotor.

Sair da versão mobile